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Todos ao Barrio Chino!

22 jan

Meio em cima da hora. Mas aqui vai a dica: se você está hoje em Buenos Aires, o lugar para estar é o Bairro Chinês onde se comemora o ano novo hoje. Passei ontem para uma previa e estava lindinho, lâmpadas chinesas até na estação de trem,  comidinhas, barraquinhas de coisinhas, fofas, apresentações e o famoso dragão chinês desfilando. Dizem que a idéia é tocar o dragão apara dar sorte.

Ano novo chino em Belgrano, cheio de comidinhas.

Sorte para tocar-lo, pois a multidão que se instala no Bairro também está tentando fazer o mesmo. E o Barrio Chino é um dos meus lugares preferidos em Buenos Aires. Confira o que eu escrevi sobre este cantinho especial da cidade AQUI! Hoje, fica lotado. A boa noticia é que a festa se espalha por Barrancas de Belgrano, desafogando um pouco as estreitas ruas de Juramento, Arribenos e Montaneses. Em Barrancas ontem, a Glorieta esta lotada de tangueros movendo-se ao som do ritmo.

 

Barrancas de Belgrano lotada, uma previa para hoje.

 

As linhas de ônibus 15, 29 e 64 te deixam na porta da festa. Outra opção é o trem que sai de Retiro. Para quem pode pagar o taxi, a opção é pedir para descer em Arribenos e Juramento, ou mesmo em Barrancas de Belgrano. A linha D do metro te deixa a algumas quadras na estação de Juramento, é só descer em direção a Barrancas.

Estacao de trem de Belgrano C, enfeitada para a festa.

Para conferir a programação completa clique AQUI!Atenção se espera chuvas para a capital hoje.

A organização avisou ontem que a festa não se cancela por chuviscos, mas no caso de um dilúvio os chineses radicados na capital terão que suspender a festa.

Barraquinhas, bombando!

Deixo aqui uma previa de como estará o Bairro hoje, fotos de sábado.

Programacao intensa no Bairro Chino.

Argentina crime e castigo, o bafo completo

11 jul

Nem as velhinhas de mayo se safaram do bafo! Hebe Bonafinde, poderosa velhinha no olho do furacao!

Capitulo I – Os Atridas:

Um senhor parricida que enganava velhinhas cujos filhos foram assassinados durante a ditadura. Uma mulher com cinco balas alojadas no crânio cuja família diz ter falecido em um acidente domestico. Uma estrela de novelas gravida de sete meses traindo seu marido com o ex ministro de economia em pleno dia em uma rua de Palermo. Uma jovem assassinada aparentemente por sua colega de apartamento com misteriosas tendências lésbicas. Um chefe de torcida sicário que eliminava sem remorsos seus desafetos. Nem mesmo um Ernesto Sabato poderia ter uma trama tao sordida. Cinzas vulcânicas encobrindo os céus do pais, frio polar e um dos principais times de futebol do pais rebaixado a segunda divisão. A televisão argentina, se espremida, goteja sangue e lágrimas e, desde o ultimo mês, a Argentina eh mesmo o tango que a fez famosa pelo mundo.

Como na Roma antigua: Argentina com erupcoes, parricidios, intrigas, assassinatos, pao e circo!

Pode ser que, passando todo o dia enfurnada numa redação, me de a impressão de que o pais se assemelha, neste momento, a uma novela da Agatha Christe. Mas, realmente, a Argentina estah um bafao so!

CAPITULO II – La Malparida:

Tudo começou com o bafao televisionado da atriz da novela sucesso La Malparida, Juanita Viale, casada com um famoso ator chileno e gravida de sete meses, neta de Mirta Legrand, uma espécie de Fernanda Montenegro argentina, flagrada aos beijos com o ex ministro da economia, um gatinho que atende pelo nome de Martin Lousteau. Vamos centextualizar? Tipo pegar a protagonista da novela das oito, gravida de sete meses do sei la Caua Raymond, aos beijos com o Guido Mantega em frente ao Gula Gula no Leblon!

O bafao foi tão grande e a pressão tão intensa que a avo entrou em depressão ao vivo na televisão e a Juanita deu a luz a um bebe morto. Um bafao digno de tragédia grega e televisionado ao extremo.

Eu sei que eh horrivel, mas La Malparida malparió. Achei uma maldade!

Capitulo III – Paricida e ladrao de velhinhas, quase uma piada.

Depois veio o inesperado: um escândalo envolvendo as mães da Praga de Maio, um símbolo de decência e dignidade, as simpáticas e corajosas senhoras cuja dignidade levavam ao famoso marco da cidade em busca de justiça ate que Nestor Kirchner atendeu suas preces anulando a lei que dava imunidade aos criminosos militares da sanguinária ditadura argentina.

Na foto o escroque Shoklender. Vamos combinar? Ate que a Argentina produz uns viloes interessantes, vide Menem, Ricardo Fort e Mauricio Macri...

Desde então, não as vemos mais todos os sábados no centro da Capital em seu clamor por justiça e sim como uma organização social fortíssima, dona de metade dos espaços que circundam o Congresso argentino, com programas sociais que incluem ate uma Universidade. São poderosseeeerrimas por aqui e também respeitadissimas. Ligadissimas a Cristina Kirchner e inimigas declaradas do grupo de comunicação Clarin – cuja dona aparentemente tem dois filhos usurpados de desaparecidos da ditadura e negavam-se ate pouquíssimo tempo atrás a doar sangue para acabar com o mistério. Aparentemente enganadas Sergio Shocklender, um senhor que era considerado o braço direito da presidente da instituição. A poderosa senhora que se esconde por detrás de um lenço branco, Hebe Bonafinde, que primeiro o defendeu em rede nacional, com os palavrões que lhe são peculiares e o afinco de uma mãe. Posteriormente, se disse enganada e por fim agora esbraveja em rede nacional para que Sergio Shokelender, o “estafador”, seja condenado. O caso não eh estranho aos brasileiros, acostumados a escândalos de corrupção, começam a aparecer o aviãozinho, a empreteirinha, os apartamentinhos, os barquinhos, tudo as custas das casas populares que as mamas de maio dão aos pobres.

A nao...as mamaes de maio nao....

O passado do camarada também começou a emergir. Nao contente em ser apenas escroque, corrupto e ladrão, eh também paricida. Ele e o irmão mataram os pais a golpes de barras de ferro. Existem relatos de abuso sexual por parte da mãe em um enredo que mistura detalhes sórdidos que renderiam um bom filme Bertolucci-Hirtchcook style. Vale a pena ler a cronica dos acontecimentos AQUIII!!!! Para tango eh gráfico demais!

Vamo combinar? Agatha Christie iria adoooorar a Argentina!

Capitulo IV – Nao foi o mordomo

Outro caso em juízo eh o da família Belsunce. Daria uma bela novela de suspense. Alias, digna de uma obra de

Caso Belsunce: "acidente domestico" com mais envolvidos que gente na Argentina!

Agatha Christie, mas aqui não seria o mordomo o culpado e nem o detective Poirot poderia acabar com o mistério. A família parece estar toda envolvida no suposto “acidente domestico” da sociologa em 2002. María Marta haveria morrido em um acidente domestico segundo a família no banheiro da mansão em que vivia num Country num bairro de classe media alta da capital. Ate ai tudo bem, não fossem as seis balas alojadas em seu crânio que a família tentou disfarçar e que o medico que contratou “falhou” em ver. O mais surpreendente da estória eh que o crime parece ter mais cúmplices que gente na Argentina, tem irmã, irmão, papagaio, massagista, vigia, medico, todo mundo no balaio dos que encobriram o suposto autor do crime, o marido da vitima. Para quem tiver essa curiosidade mórbida que, vamos confessar, ataca quase todo mundo vale a pena conferir a comunidade do Facebook para o caso AQUI!

Capitulo VI – Quem tem amigo tem tudo

Um crime escabroso que tem dominado as manchetes daqui eh o “Caso Solange.” Eu juro que não estou juntando tudo no mesmo balaio, são todos casos abertos, com julgamento acontecendo neste momento.

Lucila: Acusada de matar a coleguinha em um rompante lesbo-invejoso!

Confesso, que a curisiosidade morbida que reside em algum lugar do meu “ nao tem mais o que fazer” do meu ser adora acompanhar de perto o bafao todo.

Melhores amigas, mas terminou mal!

Aparentemente uma amiguinha matou outra – Lucila Frend e Solange viviam juntas – com não sei quantas dezenas de punhaladas (consideram que pode haver sido um garfo) em um ato de ódio. O toque de insólito eh dado por uma perita que disse que o crime tem requintes passionais levantando duvidas obre a sexualidade da coleguinha Lucila. O caso eh cheiro de contradições. Pessoalmente, Lucila parece metida nessa ate o pescoço. Mas o interessante eh como o caso mexe com certos preconceitos da sociedade Argentina. Muito se fala que haviam pedreiros trabalhando em obras perto. Ate agora nenhuma só evidencia de que seja o caso de um estranho entrando na casa. Mas, o imaginário argentino adora pensar, não vamos negar, que haviam “bolivianos” ou “peruanos” de obreiros para explicar algo que eh demasiado complexo para o entendimento publico. Atencao, nem todo Argentino eh racista assim como em toda brasileira eh bunda, como diria Rita Lee. Mas, esta deficiência de caráter esta presente, como em muitas sociedades, onde há uma entrada substancial de imigrantes. Mas, a verdade eh que Lucila esta cada vez mais complicada.

Um dia negro para o esporte argentino, assassinos de arquibancada!

Capitulo VII: Chefe de torcida e sicário

Futebol na Argentina, como no Brasil, eh assunto serissimo. Mas aqui, as torcidas são mais organizadas. Organizadas inclusive no crime. Os “Barras” ou “barrabravas”, verdadeiros hooligans argentinos, são um fenômeno social particular por aqui. Nao são necessariamente violentas, mas sim podem tornar-se.

Alan Schlenker, playboy, chefe de torcida e mandante de assassinato nas horas vagas...

 Os irmaos Alan Schlenker e William Schlenker entraram para historia futebolística do país como suposto autores do primeiro crime encomendado de torcidas organizadas no País. Parte do núcleo duro de um dos maiores clubs argentinos, o River Plate, os Shlenker são acusados de diversos crimes, o mais celebre o assassinato por encomenda de Gonzalo Acro, um carismático líder de torcida, do próprio time abrindo discussão nacional sobre a violência entre os barrabravas. Para quem saber mais sobre os bad boys do River clique AQUI! O julgamento ta no ar!

O impensavel: River cai, Boca, o rival, faz a festa!

CAPITULO VIII: Tragedia Greco-romana-argentina-a-vaca-foi-pro-brejo-nacional!

Falando em violência e futebol, nada poderia ter preparado o pais para o que aconteceu num domingo no estádio do River, em Nuñez, Buenos Aires, quando um time considerado inexpressivo se comparado ao River Plate ( o Belgrano de Cordoba) levou o time a segunda divisão do futebol argentino e a humilhacao de milhões de torcedores que há semanas ja choravam de medo e indignação pela situação do clube.

Eu nao queria estar na pele dos guardinhas...cenario de guerra!

Ha semanas, via meus colegas discutindo o assunto ( eu sempre quietinha, um Brasileiro aprende a não manifesta’-se por questões futebolísticas na Argentina). Segunda-feira, depois do jogo de domingo, o clima era de velório, nas ruas, no metro, no ônibus e na redação. Aqui no Ambito, grupo para qual trabalho, eu entrei na ponta do pé e me sentei queitinha porque o povo não tava pra conversa. Se o clima o dia seguinte não era bacana, o cenário nos momentos que se seguiram a derrota de River e descenso histórico a série B foram de guerra. O quebra quebra foi geral. Sobrou ate pro guarda Belo. Nao teve um só guardinha que não tenha tomado pelo menos uma pedrada. Uma so loja na zona da Av. Libertador de Nuñez que nao tido seu vidro estilhaçado. Barricadas de fogo, mangueiras de alta pressão na torcida ( atencao frio de pouquíssimos graus), pancadaria, choro e destruição. Alias, a comoção foi tanta que o jogo terminou antes de cumprir 45 minutos do segundo tempo e com vários minutos de sobra. Mas, por ai já estava claro que o bicho ia pegar.

River a la B: eH GUERRA CIVIL!

Os torcedores já começavam a se abalancar sobre os alambrados, choro, incredulidade, desespero e ira tomaram conta da torcida vermelha e branca do River, enquanto a massa azul celeste e branco do Belgrano se sacudia em êxtase. Logo depois veio a tensão logística de como retirar –  sem trazer abaixo o estádio – os torcedores.

Torcedores do River se desesperaram....

Primeiro os do River que, a este ponto já estavam depenando o estádio praticamente com as unhas e que gritavam ao campo vazio depois que os jogadores foram retirados debaixo de uma chuva de paus e pedras, ilesos por milagre. Milagre daqueles que faz parecer a abertura do Mar Vermelho por Moisés um mero golpe de sorte. Depois, como retirar os torcedores do time vitorioso?

Goleiro do River chora o leite derramado...

Como deixar que aqueles enlouquecidos de jubilo se encontrem com os humilhados de River? Resposta: garantindo que de NENHUMA MANEIRA eles se encontrem! Os torcedores do River SAEM ANTES e, três horas depois, depois de não sobrar pedra sobre pedra para contar estória saem os “piratas” os torcedores do Belgrano.

Torcida do Belgrano, a tarefa quase impossivel de sair do estadio sem serem trucidados!

Para não dizer que estou exagerando, deixo aqui o IMPRESSIONANTE vídeo de um torcedor assistindo ao jogo que levou o River ( o equivalente de um dos maiores times argentinos, tipo um Flamengo, um Vasco…talvez mais) em seu ataque de fúria que causou frisson aqui na redação. Eh longo mas eh incrível! IMPERDIVEL, VEJAM!

Vou confessar: cada dia me apaixono mais por este pais. Por debaixo do aparente laconismo reside toda a loucura e paixão peculiar a este quinhão de mundo. Sou jornalista porque adoro uma confusão. Como diríamos no Brasil: A-do-ro um bafao! Estou no lugar certo.

Belgrano é uma festa!

7 ago
 

Sweet Belgrano...

Buenos Aires é subaproveitada por turistas. Principalmente por turistas brasileiros. Estão comendo a casca e jogando a banana fora.  Para começar, parecem personagens em um desses programas de televisão onde dão dois minutos aos participantes para colocar no carrinho de supermercado tudo que puderem levar. Acho que no aeroporto já lhes dão um cronometro: “Vocês tem tantas horas, minutos e segundos para comprar tudo que encontrarem no caminho”. Eu sei que o cambio nos é favorável.  Não sou contra a passarem um dia inteiro nos Outlets da Avenida Córdoba satisfazendo os mais primitivos instintos consumistas. Não é minha praia. Mas, como dizem por aqui, “que sé yo”, eu sou apenas uma estudante dura de mestrado que ainda não superou os ideais hippies da década de setenta e prefere mil vezes gastar num bom vinho do que deixar minha pouca plata na loja da Adidas. Cada um com o seu cada um. O capitalismo é selvagem. A economia portenha agradece.

Belgrano e suas alamedas

Porém, não vou deixar de postar aqui minhas humildes sugestões para um turismo um poquito mais off Road, com menos português pelas ruas e mais contato com o dia a dia portenho que a bateçao de perna na Calle Florida que aliás, por mim, podia mudar-se para Miami. Eu tenho uma lista de cinco lugares que “você quer ir e eu não” em Buenos Aires. Coincidentemente, estão no top das listas dos turistas da capital. Acho que o turismo, na medida do possível, tem menos com o consumismo e mais com o experimentar de outras culturas. Na minha lista negra estão: Calle Florida ( para mim é o limbo de turistas que se crêem em Miami), Caminito (é uma cidade cenográfica), Plaza Francia ( é linda, mas eu enjoei) , Café Tortoni ( existem lugares muito mais charmosos onde não se cobra em euros na cidade) e Puerto Madero ( não vejo graça nenhuma em um lugar remodelado, a não ser se for para um belo por do sol).

O lado chines de Buenos Aires...

Por razoes de distancia, eu vinha ignorando o bairro de Belgrano. Não é tão longe assim. No entanto, em uma analogia chula, seria para mim a Barra da Tijuca da capital. Estou exagerando é claro, é a argentinizaçao. Aproveitava as tardes de sábado, no entanto, para comer no Bairro Chines. Como tenho aulas em Victoria, uns quarenta minutos de trem da capital, acabava por voltar pelo bairro Chino e aproveitar para variar um pouco com as comidinhas asiáticas. É um dos meus lugares preferidos na cidade. Na verdade, não passa de um par de ruas, começando no cruzamento das ruas Arribeños e Juramento. Mas, possui uma incrível aglomeração de restaurantes chineses, lugares que venho obstinadamente explorando nos últimos meses.

A Bloggeira, uma visitinha ilustre e o miojo gigante. Tem de tudo no Barrio Chino!

Cheio de lojinhas de penduricalhos, o bairro chinês é uma tchuchuca asiática que ganha vida durante os feriados e fins de semana.

O bairro Chines e suas criaturas. Nao me atrevo a dizer com que isso se parece!

Minha primeira parada sempre é a pequena lojinha de frituras do lado do supermercado Asia, na rua Mendoza. O negócio é comer sem preconceito os espetinhos pingando de gordura que você não sabe o que são e provavelmente não gostaria de saber o que são. Esqueça a alimentação saudável e coma esquisito e gordo. Deslembre sua noção de texturas e crave os dentes no gelatinoso tempura de merluza e depois reze para não ter uma infecção intestinal. Nunca me aconteceu, mas sempre me sinto vivendo perigosamente quando como esses troços deliciosamente estranhos.

 
 
 

Supermercado Asia: tem de tudo!

Justamente ao lado está o supermercado Asia, uma Meca de alimentos que você talvez jamais saberá do que se tratam.

Tantas variações de molho Soyo quanto há de vinhos, criaturas do mar que jamais deveriam chegar a superfície, doces chinês que desafiam a imaginação humana, uma variedade de miojos impressionante, lulas desidratadas, sopas de amendoim, woks e produtos do mundo inteiro que fazem deste mercado o lugar ideal em Buenos Aires para achar o azeite de dendê para aquele Bobó que você tanto sente saudade. Um templo gastronômico que infelizmente carece de tradução do Mandarin, mas enche os olhos de curiosidade e o estômago de apetite. Com o apetite aberto é hora de explorar os restaurantes. Já comi em quase todos. Entre os destaques estão o Palitos e Todos Contentos que, nos fins de semanas, tem largas filas na porta. Mas, ultimamente, venho me encontrando sempre de volta ao Lai Lai, uma portinha na rua Arribeños, sempre cheio, com apenas um garçom para dar conta de tudo e pratos incríveis como o Pescado con salsa Picante. Prepare-se para a pimenta. O negócio é comer suando e com coriza.

Um passeio a "La Redonda", depois de comer no bairro chines a redonda pode ser voce!

Depois, de pança cheia, minha sugestão é começar a subir coroados pelas alamedas de arvores secas durante o inverno, e dignamente verdes no verão, a rua Juramento em direção a Av. Cabildo, onde uma pequena grande jóia os espera.

Meu jardim secreto, Museo Enrique Larreta

Um dos meus espaços preferidos na cidade é o Museu de Arte Español Enrique Larreta, Avenida Juramento entre Vuelta de Obligado e Cuba. Um pequeno Oasis no centro de Belgrano, o museu, já foi uma “Quinta”, residência de verão, afastada da cidade de uma abastada família espanhola. Hoje, é um charmoso museu com um jardim simplesmente espetacular e um baobá gigante desses que dão vontade de abraçar ( vale a pena tentar)! Por apenas um mísero pesinho é possível visitar a casa, que é um pedacinho da Espanha colonial, ambientada com luxuosos moveis antigos, tapetes, armaduras e quadros flamencos, a exposição em cartaz ( atualmente a bela coleção de quadros do pintor espanhol Manolo Valdés)  e ahhhh, fingir que você é de outra época, de outro tempo, de outro momento no jardim.

Um museu que é uma tchuchuca!

 

Com sorte, você será o único nesse quintal do mundo. Depois, aos sábados, é possível curtir a ferinha na Plaza Manuel Belgrano, passar um fim de tarde aí tem algo de nobre e altivo, aproveite para um café e uma visita a Iglesia Redonda , a maravilhosa construção circular da Paróquia Inmaculada Concepción de Belgrano. Tudo cruzando a rua do museu. Depois está todo mundo liberado para comprar a vontade na Av. Cabildo, que tem muito mais opções que a Calle Florida e um terço do português.

 E para aqueles espíritos aventureiros, vale apenas descer até a  Glorieta de Belgrano, em frente a rua 11 de Septiembre, e curtir um Tango nesse coreto incrível com os ares tão típicos desse bairrio singular! Até onde eu sei o pessoal costuma se reunir para um 2×4 nas sextas, sábados e domingos a partir das seis da tarde. Gente de todas as idades, sob todos os pretextos, bailando com el alma,por aparentemente nada além pura paixão.  Sublime é a palavra. E isso é só a ponta do iceberg do que é Belgrano!