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Ricardo Darin: Ups He Did It Again!

3 maio

Eu já o comparei ao Tony Ramos. Mas, sem justificação, esta analogia seria muito injusta. Apenas que, Ricardo Darin está em todas, assim como o Tony Ramos. É um dos rostos mais reconhecidos da dramaturgia argentina. E costuma ser protagonista de boa parte da produção cinematográfica exportável daqui. Mas, ca entre nos, não da nem para começar a comparar. Para não exacerbar o humor dos leitores, prefiro me ater as qualidades de Darin e não ser uma detratora de minha própria cultura.

Darin, voce mora na parte dedicada a Argentina no meu coracao!

Ricardo Darin é a cara do argentino dono de um rosto daqueles que variam entre a beleza e a feiúra, mas que sempre vem permeado por expressivos olhos azuis. Talvez, eu não consiga por em palavras, mas quando vejo Ricardo Darin atuar reconheço nele refletido varias pessoas que conheço ou personagens comuns das ruas da capital. De alma muy argentina. De vilão a mocinho, Darin é uma espécie de herói e anti-herói argentino. E, dizem que é uma simpatia. Gente como a gente, como relatam vários amigos que já tiveram a sorte de um rendez vouz pelas ruas da capital. Mas, afortunadamente, o melhor de Darin está acessível para todos. Suas ultimas participações em filmes nacionais foram todas imperdíveis. Vale à pena curtir um pouco do ator em filmes como Nueve Reinas, Luna de Avellaneda, El Hijo deLa Novia, El secreto de tus ojos e finalmente o filme tchuchuca que está em cartaz por aqui Un Cuento Chino.

Assisti ontem à noite, depois de uma hora de fila no Cinemark Palermo, crianças gritando por pipoca nos halls do lugar, no que pareceu o único programa da gélida noite de ontem quando os termômetros da capital despencaram de uma hora para a outra antecipando o inverno com temperaturas súbitas de 3 graus. Um filme simples, de mensagem austera traz o Darin em seu melhor: uma personagem argentino, com sua profundidade sudaca, seu multilateralismo psicológico, densidade e simplicidade em medidas agradáveis. Comovente e engraçado, de narrativa simples e desprendida. Sai da sala pensando: Danadinho! He did it again! Mais uma bola dentro do Darin. Então, fica a dica, ponha um pouco de Darin na sua vida, no Brasil ouem Buenos Aires, quando der. E Un Cuento Chino eh um negocio da china!

ONDA VAGA: Fuerte e Caliente!

16 abr

Onda Vaga, la Buena Onda...

Buenos Aires estah no roteiro internacional das grandes metrópoles do mundo. Mas, vivendo por Palermo, e outros bairros centricos, ainda tenho a sensação as vezes que há um diminuto mundo como aquele que acontece como nas pequenas cidades, com seus músicos próprios, pequenas celebridades que transitam pelas ruas junto aos outros transeuntes, mitos e verdades, vizinhos, conhecidos e desconhecidos numa mescla de província e metrópole como em poucos lugares do mundo. As vezes, me sinto vivendo em uma maquete.

Forte e quente!

Minha Buenos Aires, naquela em que convivem Liniers, Kevin Johansen, também Cristina Kirshner e Mauricio Macri, celebridades nacionais e internacionais, aonde vai Ricardo Darin a Parrilla , eh tão plausível e palpável como aquele Rio de Janeiro onde se divide um coco na orla com Chico Buarque. Buenos Aires e seus heróis não são inatingíveis, pelo contrario, o desenlace das estórias acontecem pelas ruas de Palermo Soho, aquelas com eterna cara de outono, onde músicos sobem ao palco ovacionados e voltam a casa sozinhos com seus violões nas costas caminhando languidamente sob as veredas de arvores de Palermo Viejo. De certa maneira a cidade nos encolhe e aumenta de acordo com seus caprichos e não importa o que você fez durante a noite, no final você é mais um voltando meio embriagado em busca da Santa Fe, a avenida que sempre te leva a casa.Venho depois do show do Onda Vaga, sentindo a cidade como um lugar acolhedor e meu, depois de um difícil recomeço, pensando em apresentar no blog mais uma celebridade local. Fazendo as pazes com Buenos Aires, minha recreacao romantica com requintes passionais.

Lembrei-me da banda little darling da minha cidade, Moveis Coloniais de Acaju:

O grupo Onda Vaga e mais um das little darlings da Capital Argentina. A banda local que vai ganhando  mundo, mas que segue sendo um grupo querido pelos jovens da capital, daqueles que para seus shows juntam aficionados locais e curiosos que descobrem mais uma surpresa boa da capital. Com um som Manu Chao encontra a banda candanga Moveis Coloniais de Acaju, uma noite de fogueira encontra microfones, um grupo de amigos encontram um palco.

Como num churrasco de amigos...

 Um Show do Grupo Onda Vaga, faz de uma visita a Buenos Aires uma jornada ao seu coração provincial. Aquele em que bons amigos se juntam para comer um asado ( bom e velho churrasco) e fazer um som descompromissado. No final, são apenas bons meninos curtindo fazer um som juntos. O resultado é quase sempre um show alegre e bem humorado, como uma festa de torcidas, com gente cantando em coro, pulando e confraternizando como em um almoço de domingo.  Por aqui, eles ja sao pequenas celebridades, levando sua pequena legiao (boa parte feminina) de fas a loucura. Nao vou a nombrar ninguem, mas tenho amigas apaixonadas pelos “pibes” da banda, dessas que passam o show gritando “Hacerme un hijo!!!!!!!” ( me faca um filho!!!). Realmente, a energia eh tao boa que da vontade de levar os meninos para conhecer mamae.!!!Onda Vaga eh, como dizemos por aqui, Buena Onda Total!

Fica a dica do site dos meninos para os próximos SHOWS AQUI!

A recomendação para um link e um pequeno documentário descompromissado como a banda, eh a melhor forma de conhecer o trabalho deles sem ir a um Show. VEJA AQUI!

La Onda Sana

14 abr
 

Tiendas Naturales: meu preferido

Eu sei que quem vem a Buenos Aires vem na onda mais carnívora que Hannibal Lector, mas, atenção, Buenos Aires living pode causar o entupimento de suas artérias e alargamento de suas medidas. Não se pode viver todos os dias comendo bifes com mais de um palmo de altura que, como ilhas, estão cercados de gordura para todos os lados e acompanhados de um Aconcagua de batata frita, nem milanesas do tamanho de um jogo americano. Não me levem a mal, quem me conhece sabe que sou a coisa mais distante que se tem noticia de uma vida saudável regada à alface e tofu. Sou mais junky que a Re Bordosa, tão sana quanto Keith Richards. Mas dizer que portenhos vivem exclusivamente de parrillas é o mesmo que contar que baianos comem moquecas todos os dias.

Nao da para viver de parrilla…

É certo que o cheiro característico da cidade é o mesmo daquele seu churrasquinho de domingo e que não há nada mais acolhedor que um choripan, mas, no dia a dia, me vejo cada vez mais em busca de restaurantes que tenham sucos de frutas em seus menus, coisa que não é tão comum assim em Buenos Aires. Nunca me imaginei salivando ao pensar em um peito de frango grelhado acompanhado de batatas ao forno e suco de laranja. Mas, esse desejo é cada vez mais freqüente. Outro dia quase abracei um garçom que me ofereceu uma salada de frutas de sobremesa. Comi com os olhos cheios d água, pensando que era uma ironia que, em uma cidade cujas confeitarias são reluzentes que joalherias, sentiria tanta falta de uma salada de frutas. 

Opcoes para nao entupir as arterias...

 

Acho inútil julgar os hábitos culinários e gastronômicos de qualquer cultura. Esse, é claro, tópico de muitas discussões entre Argentinos e Brasileiros por aqui. Brasileiros podem achar a comida dos hermanos pesada, mas imagine o estrago que uma feijoada ou qualquer prato com azeite de dendê pode ocasionar no delicado estomago ariano argentino. Embora a dieta baseada em opções quase sempre carnívoras, massas, doces e folheados possa parecer agressiva ao paladar brasileiro,  não se assuste se um argentino te enumerar uma serie de itens da culinária cotidiana brasileira que entrariam facialmente para o ranking das 10 top comidas mais letais da historia da humanidade, troféu Fura Bucho mesmo. E eu devo confessar que depois de esbravejar contra as medialunas aqui no blog agora sou candidata ao Medialunas rehab, pois não posso para de come-las. Meu pânico aumentou quando descobri uma loja das Medialunas Del Abuelo aqui na esquina. Apenas as melhores medialunas da cidade. Tive que morder a língua.

Se o seu negocio eh comer bem, compre um!

Uma coisa eh certa: nos possuímos mais diversidade alimentar que eles. Com uma agricultura um pouco mais perene, dimensões territoriais mais reduzidas se comparadas as nossas e vocação geográfica para a pecuária a Argentina não eh o éden tropical ao qual estamos acostumados. Faltam um montão de frutas, verduras e cereais que fazem parte de nosso menu de todos os dias no Brasil.  Ausência notória também são os self-services que não são comuns nessa parte do continente. Felizmente, dado ao status quo de meca gastronômica e tendências cosmopolitas, Buenos Aires segue sendo um ótimo lugar para comer.E foi tentando fugir dos prazeres da carne, bifes de brontossauro e acompanhamentos fritos que eu descobri o fantástico mundo das pequenas delicatessens naturais. Desde então nunca mais comi um bife de chorizo caros leitores. E me sinto obrigada a dividir meus achados.

Vamos la:

 
 

Nao vou mentir, viciei.

Tiendas Naturales:

Depois que me mudei para este pedacinho de Palermo entre o Parque Las Heras e Av. Santa Fé, ando explorando, with a little help of my friends, a região que eu chamo de Baixo Las Heras, uma zona ótima cheia de cafés e restaurantes e a fina bossa portenha. O Tienda Natural ( Cabello 3401) segue direitinho a bíblia dos restaurantes meio bistrô meio naturebas de Baires. A diferença é que a comida é mesmo boa. O sanduíche de peito de frango, brie e chutney de maçã é simplesmente divino. Para quem curte uma salada transada este é o lugar. E a boa noticia é que os preços são pra la de justos e o atendimento amigável. Alias, para Buenos Aires o atendimento de la é mais que amigável. Outro dia ganhei de uma simpática garçonete uns bolinhos de cenoura para comer rezando. Mas, embora, as sobremesas façam jus a boa comida do lugar, vale a pena caminhar uma quadra ate um café super little darling chamado Nucha ( Salguero 2587), cujos os docinhos parecem pequenas jóias e eh possível tomar um café ao som de um jazzinho ambiente e ver a chuvinha fina cair pela janela.

http://www.tiendas-naturales.com.ar/

http://www.nuchacafe.com/

Natural Deli: Eu gosto da sucursal na rua Laprida 1672, um local super agradável, na auspiciosa vizinhança de Aguero, sob veredas de arvores e com um pequeno armazen de produtos orgânicos. Perfeito para um almocinho light ou mesmo um café orgânico. Eu simplesmente adoro a torta integral de espinafre e cogumelo. Os menus de almoço e jantar também são qualquer nota, outro dia comi um filet mignon com purê rústico de batatas e almendoas que estava levinho juro e dos deuses!

Natural Deli, uma excelente opcao. Vedette de Aguero!

 http://www.natural-deli.com/index.php?seccion_generica_id=450

Spring: Com uma proposta um pouco diferente das delis naturais, o Spring ( Bulness 2577)  tem uma enorme vantagem para quem sonha com abundancia e variedade: eh self service ou, como chamam por aqui, tenedor libre,  para comer a vontade. Vegetariano e asiático, barato e ambiente menos cool que os outros o restaurante quebra um galho pois eh super barato e gostoso. Mas, não espere charme, porque não esta no cardápio. No entanto, a comida, principalmente para quem é vegetariano, é bem interessante. Eu gosto!

http://www.springrestaurante.com.ar/

Tea Connection: Vai na mesma linha que as outras delis orgânicas, mas já virou um franchising. Para mim, que desconheço a historia desse tipo de estabelecimentos em Buenos Aires, é o pai de toda essa onda deli natural. Mas, embora super gostoso e possivelmente o mais arrumadinho de todos, não eh meu preferido. Acho o cardápio conciso demais. Mas, não se iluda, costuma ser a melhor opção de almoço da zona. Tem seis sucursais e águas saborizadas que são incríveis. Não é barato, também não é absurdo,  mas vale a pena.

http://www.teaconnection.com.ar/

Origen: Já parei para tomar algo, mas ainda não comi La. Mas é em San Telmo numa região bem turística e bacana, perto de uma loja que eu adoro, a Cualquer verdura, da melhor torta de limão de Buenos Aires ( Del Limonero) e de um restaurante ótimo, o Habib. Super recomendados por amigos.

Humberto 1º 599

http://www.guiaoleo.com.ar/restaurantes/Origen-2432

Deixo AQUIIII! tambem o link para um post que fiz sobre meus caminhos zen e restaurantes vegetarianos que eu gosto na cidade.

 E recomendo que comprem o guia da divinissima gourmet Narda Lepes, uma biblia gastronomica!

Phuket: sudeste asiático sem modismos

9 abr

 

Sudeste Asiatico sem frescuras

Depois de ser literalmente assaltada por um restaurante da moda e com o orçamento visivelmente reduzido pela inflação argentina, vinha me mantendo longe dos restaurantes bacanas de comida do sudeste asiático que abundam nas distintas ruas de Palermo. A vida da classe media portenha, às vezes, confesso, deixa de me interessar e , tenho preguiça do bel far niente das noites de Palermo onde os casais e famílias quase que britânicas passeiam seus salários como se estivessem na Europa e não nesse comarca humilde do mundo. Mas, um amigo insistiu e eu resolvi fazer uma pequena extravagância no restaurante Tailandês pelo qual passei diversas vezes em minhas andanças pela região. O restaurante Phuket de origem familiar e proposta gastronômica honesta fica nas entranhas da Rua Honduras e não deve ter mais que a metragem de uma kitnete pequena.  Mas, é um grande lugar onde se pode comer bem, conversar languidamente com os donos, pedir uma sugestão para um vinho e terminar de pança pra cima antes de escorregar num taxi pra casa.   Depois de morar anos em Washington D.C, onde os restaurantes tailandeses são uma instituição e adquirir um gosto de sommelier para o arroz, confesso que sou super cética com as propostas de curry da capital. Mas este simpático cantinho entrou para historia, pelo menos para mim, como o melhor Tailandês da cidade, um rinconcito a luz de vela feito um rendez vous romântico e jantares com amigos.

Phuket, um curry para chamar de meu....

 

 A comida é fiel aos preceitos asiáticos e não é preciso empenhar a mãe para comer bem. O lugar é bem pequeno, são poucas mesas, recomendo efusivamente fazer reserva. Fica a dica:

Honesto, barato e delicioso...

 Está aberto de segundas a quintas a partir das 20hrs. Sextas e sábados para almoço e jantar. Não abre aos domingos.

Honduras 4169

Web:
http://www.phuketwok.com.ar
Mail:
phuketwok@yahoo.com.ar

Tel 4861 1679

Noches Armenias

23 mar

 Para chegar à lista do que ha para comer e beber no cardápio é preciso atravessar pelo menos umas dez paginas de

Meio Casamento Grego, Meio Clube da Lua, meio bingo, o jantar da Uniao Armenia de Buenos Aires eh um happening no bairro!

publicidade da comunidade. A barbearia de fulaninho, a loja de bijuteria de cicrana, o negocio de molduras de Jorge, a agencia de viagens de Florência.Para achar o edifício é preciso perguntar ao porteiro dos edificios vizinhos. Para chegar ao enorme salão onde se serve o jantar é preciso descer dois lances de escada.  Talvez seja o clima de bairro, de clube, de bingo que tenha me inebriado, algo de Godfather armênio. Mas, ha algun tempo tenho um programa favorito as sextas feiras. Dessa vez, eu prometo nao comer ate a tampa e voltar para casa caminhando sob uma sinfonia de ” ai & ui” e ficar depois como uma jibóia que comeu uma capivara, digerindo o jantar por semanas. Vou me comportar. Eu sempre me faço promessas vãs. O jantar na Sociedade Armena acontece, religiosamente, todas as sextas feiras. Cozinham as mães, servem os filhos. Come a gente que descobriu este segredo em Buenos Aires. Eu descobri este lugar porque sou uma intrépida bloggeira e leio tudo que me cai nas mãos. Desde então tenho este programa sextas pela noite ( tambem aos sabados, mas como sou uma senhora cheia de manias me habituei a ir nas sextas). É uma benção e uma praga, pois arruína qualquer esqueminha noturno pos jantar, mas é o que me mantém dormindo relativamente cedo para estar acordada nas manhas de sábado, quando tenho aula onde Judas perdeu as botas. Desde então, venho organizando pequenas excursões de amigos para lá. A desculpa é levá-los a um lugar diferente, mas a verdade é que preciso de companhia para meu banquete armênia quando os mais próximos ja enjoaram de minha obsessão mediterrânea.

O cenario, a decoracao kitch e o clima eh meio como do filme O Casamento Grego

O lugar me lembra este filme do qual participou o Tony Ramos local ( com as devidas reservas e diferenças capilares, compara em termos de popularidade apenas), Ricardo Darin, o Clube da Lua. Um misto de loucura entranhada em cada unidade de bairro e tradicao que troppo me agrada! Existe, uma vez que lentamente abandonamos nosso avatar de turista, uma vida endógena de barrio em Buenos Aires, é um climinha de vizinhança, com uma aura de domingo no parque, com a presença familiar dos mais velhos e a frescura dos bebes que correm erraticamente pelos salões e festas da classe media. Depois de duas vezes que você vai a um lugar já passa a ser cumprimentado pelo nome e a chamar seu garçom pelo nome. É a cidade que sente saudade da província, a metrópole em seus bolsões de bucolismo.

Nao sei muito bem porque mas me lembrou o Clube da Lua, filmao!

Quando eu conto os pratos para minha amiga turca, que não vai porque tem medo de ser hostilizada dada a historia animosidade entre turcos e armênios, ela me diz ” mas manti eh turco!”.

Quando lhe falo das dancinhas que acontecem todas as ocasiões quando no meio do jantar os estudantes – garçons

Eh comer e depois ir para a casa como uma jiboia que engoliu uma capivara!

 fazem uma animada apresentação de quinze minutos, ela me diz que são definitivamente danças turcas. Eu lhe digo que vou meter-ta dentro de um grupo de brasileiros e ninguém vai reconhece-la turca, fulaninha da silva, eu lhe chamo. Ela saliva quando lhe falo dos shish kebabs, das berinjelas ( porque são loucos por elas), do yogurt e baklavas e ela morde seu lábio inferior em delírio nostálgico. E é definitivamente a melhor comida ” árabe” que já comi; ficando claro que chamo de ” árabe” para que meus leitores identifiquem que tipo de comida que é.

A certa altura esse homem com cara de dono de loja de Swarma, com os últimos botões da camisa abertas deixando a mostra um grosso cordão de ouro, nos pergunta: ” Algo para anunciar? Aniversários, bodas de ouro, celebrações, formaturas, negócios?”. É o momento que nos entreolhamos e dizemos: ” No, nada” e esperamos pelos os próximos vinte minutos de comemorações na mesa 70, aniversario na mesa 33, noivado na mesa 15 e tantas outras comunicações do ” Armenian times” em Buenos Aires.

Comida de deixarqualquer outra na chaoun!!!!!

A comida é boa e barata e, se alguém tiver um espírito aventureiro, é possível, por 20 pesitos a mais, ler a sorte na borra de café. Depois, é voltar para casa e por a pança porque o máximo de after depois desse jantar é um filminho acompanhado de uma caixa de baklavas, sim porque sobremesas para levar são um must.  Provincianismo e metrópole se misturam numa noite meio Casamento Grego encontra Perfume de Mulher, vale a pena conferir e esbaldar-se armenian style! Lembrei-me do unico personagem armenio das novelas brasileiras, a Dona Armenia da Rainha da Sucata. E vou te contar que esse jantar colocar qualquer outro jantar etnico da cidade na chaoun!

Servico:

 Unión General Armenia de Beneficencia ( Armenia, 1322)

http://www.ugab.org.ar/site/

Reservas:

4773 2820

Nós 4 e Dois Labradores

28 jan

 

Conheci o Fábio Nagel da maneira que se conhece a maioria das pessoas em Buenos Aires: de forma inusitada. Estava parada semi boquiaberta de frente ao mural de grafite que a vista da minha janela estava ganhando e ele estava de câmera em punho filmando o trabalho dos meninos que vieram por ocasião de uma mostra no Centro Cultural da Espanha. Não demorou muito começamos a conversar e descobrimos que éramos brasileiros, do ramo de comunicação e apaixonados por Buenos Aires. Ele me contou que veio a Capital, respirar novos ares com a família, mulher, filhos e labradores. Ontem, me mandou um vídeo que fez com sua tripulaçao que é pra lá de bacana. Um testemunho de amor á cidade, pequeno relato dos lugares que viu e esteve com sua trupe e uma excelente overview de alguns dos lugares e personagens mais emblemáticos de Buenos Aires. Vale muito à pena assistir. Obrigada a Fábio Nagel e sua família. No vídeo estão alguns dos lugares que eu adoro na cidade, como o Bodegón que ficava praticamente na esquina do meu apartamento, O Preferido de Palermo, o Palácio das Águas Corrientes ( meu antigo quintal de casa) e, nas cenas finais, meu bequinho da Rua Viamonte sendo grafitado. Muito bom!

Wi Fi World

29 nov

 Eu sei que isso vai soar super geek, mas eu sonho com um mundo todo Wi Fi zone. Pronto falei. Depois de passar muitos dias lindos de sol enfurnada em cafés enquanto as pessoas espreguiçavam-se nas praças como gatos felizes sob o sol – eu presa a minha conexão – vinha alimentando esse sonho. Se você mora longe de sua família, ou trabalha e estuda incessantemente como eu, entende do que eu estou falando. Com as temperaturas subindo, os dias ensolarados chegando depois de um longo inverno, Buenos Aires volta a ser uma cidade mais agradável do lado de fora que de dentro dos lugares. Apesar do calor, as pessoas vão encontrando mais e mais motivos para sentar-se nas praças e achar seu lugar ao sol. Por isso, quando soube que duas grandes empresas ( Gowex e Cablevisión) iriam transformar as principais praças da cidade em wi fi zones achei que isso merecia um post comemorando. A primeira praça será a Plaza Houssay, que fica em frente à faculdade de medicina, começando em meados de dezembro. Depois, os melhores espaços da cidade ganharão o serviço em uma adesão mês a mês até final de 2011. Pelo o que soube, minhas praças e parques preferidos estão na lista para tornar-se wi fi zone.

 
 

A praça da Faculdade de Medicina será a primeira a ganhar o serviço

 

Eu já me vejo brincando de skype, ligando e dizendo aos meus que estao longe dos dias que estão fazendo na cidade. Entre as Praças e espaços que serão wireless para o deleite dos internautas estão: Dorrego (Humberto 1° e Defensa); Plaza Serrano(Honduras e Serrano) Armenia; Angel Gris (Avellaneda eDonato Alvarez); plaza Arenales (Chivilcoy e Pareja); plaza Libertad (Paraguay y Libertad); parque Santojanni (Patrón eMartiniano Leguizamón); plaza Constitución; plaza Mariano Moreno (Rivadavia e Montevideo) ; plaza Rodríguez Peña (Callao e Paraguay; De la Democracia (De la Torre e Berón de Astrada); parque Avellaneda (Directorio e Lacarra); parque Chacabuco (Eva Perón e Curapaligüe); parque Lezama (Paseo Colón e Martín García); parque Lavalle (Libertad e Lavalle); plaza Belgrano (Juramento e Cuba); parque Saavedra (García del Río eMelián); Paseo de la Infanta (Libertador e Freyre); el Rosedal (Iraola e Infanta Isabel); parque Rivadavia (Rivadavia e Doblas); parque Centenario (Díaz Vélez e Marechal); plaza Martín Fierro (Urquiza e Barcala); Jardín Botánico (Santa Fe e República Arabe Siria); la Plaza de la República (9 de Julio e Corrientes); la Plaza de Mayo (Balcarce e Rivadavia) e parque Las Heras (Las Heras e Coronel Díaz). Muitos desses lugares são super turísticos (como a Plaza de Mayo, por exemplo) e os que não são deveriam entrar na lista pois são um must see! Agora, é rezar para que o wi fi venha com aumento de policiamento. Não está fácil andar com um lap top pelas ruas da cidade. Há momentos em que Buenos Aires parece Gotham city, sem o Batman…

Buenos Verdes

20 nov

O Jardim Botanico, tarde de ontem

Não sou exatamente um ser da selva de pedra. Em retrospectiva, sou mais um bicho do mato que uma cria da cidade. Quando cheguei a Buenos Aires, para começar a armar minha nova vida aqui, sofri um mínimo ataque de pânico quando vi a Plaza Itália. Nervosa como uma aranha viária, a praça, centro de Palermo, era para mim a representação visual mais palpável do que é uma cidade de 15 milhões de habitantes. Ônibus, hordas de pessoas , escapamentos, ruídos diversos, pistas difíceis de cruzar, mendigos, fizeram com que eu visse ai um lugar meio assombroso, mundo cão, dog eat dog. É engraçado como ao largo do tempo podemos adquirir visões completamente distintas das mesmas coisas. As cidades, conforme as vamos penetrando, vão se transformando com transcorrer do tempo; a Buenos Aires que via quando vim pela primeira no fim dos noventas me parece uma lembrança sonolenta de outra era, como um poema de Borges. A metrópole que encontrei quando cheguei com minha malinha de sonhos no começo do ano também já é distinta da cidade que hoje  chamo de casa com tanta propriedade. E assim vou trocando a roupa de Buenos Aires até o fim de minha estadia. Idolatrando o que me parece mágico, deixando cair na rotina o que já conheço.

Um dos exemplos mais dramáticos disso para mim virou a Plaza Itália.

O Jardim tem 31 obras de arte

 Como hoje moro a apenas três quadras dela, ela deixou o ar sinistro e ameaçador que tinha para mim tornando-se a porta de entrada para minha Buenos Aires verde. Ironias a parte, mostrando que a vida é mesmo uma questão de ponto de vista e ângulo, é por ela que passo quando preciso de ar. O lugar que antes para mim era o arquétipo da metrópole hoje é meu pulmão Cosmopolita. O tédio que é estudar todos os dias por largos períodos de tempo venho superando com a mudança de cenários. Assim, vou constantemente buscando novos lugares para levar para tomar sol meus enormes e enfadonhos textos.  Quando não agüento ver os dias lindos de primavera das janelas dos Cafés, arrasto minha mochilinha e minha resma de textos a basicamente dois Lugares: o Jardim Botânico e os Bosques de Palermo.

Acessivel a todos

Meu roteiro verde começa no Jardim Botânico, entrando pela Avenida Santa Fé.  Com uma sede principal, um herbário, uma biblioteca, 5 invernáculos e 31 obras de arte, o Jardim Botânico de Buenos Aires é uma viagem no tempo. Não fosse o barulho dos ônibus que circulam pelas ocupadas vias ao redor do lugar, seria possível sentir-se em uma dessas novelas de época da Jane Austen. A Argentina tem, sejamos sinceros, certa vocação aristocrática. Fosse por decisão daqueles que possuem as rédeas do país, a Argentina se mudaria para a vizinhança da França. Diferente do Brasil, ainda que conservemos cidades históricas, este país ainda cultiva em sua vida cotidiana certo desejo europeu. Está na arquitetura, na literatura nos esportes e até em certos hábitos argentinos. Embora isso se reverta às vezes em certa arrogância, mesmo que eu ache que argentinos são muito menos soberbos do que me pintaram, o melhor da Europa aqui é aproveitar as estruturas que esta onda européia deixou. O Jardim Botânico é um desses casos. É algo sublime aproveitar uma tarde durante a semana para ler aí acompanhada apenas de alguns das centenas de gatos que habitam o local.

O Jardim e seus habitantes

Reza a lenda que os gatos são deixados em memórias dos mortos, mas sinceramente são sei se isso é mito urbano ou não. Não gosto muito de pensar nisso quando estou sozinha ai. A controvérsia dos gatos não acaba por ai: blogs acusam o governo de haver exterminado 1.500 gatos a pauladas, o jornal La Nación chega a pedir uma solução para o problema e lançam-se campanhas na internet para a adoção dos bichanos. Enquanto o dilema dos gatos sinistrinhos do Jardín Botánico de Buenos Aires não se resolve eu continuo freqüentando o lugar desacompanhada de comida, pois outra lenda do lugar é que os gatos atacam frente à presença de comida. Verdades e mitos a parte, o lugar é um pequeno Oasis urbano.

Bosques de Palermo, meu segundo lar

 Seguindo a Av. Sarmiento, onde mais de 45 mil pessoas, cantaram “Força Estranha” junto a Caetano Veloso por ocasião da Feira do Livro, em um dos momentos mais arrepiantes que já vi por aqui, passando pela cerca viva do zoológico onde com sorte é possível ver flamingos banhando-se ao sol se chega aos Bosques de Palermo, um retalho verde na enorme colcha de concreto que se entende a beira do Rio Prata. Isso é Buenos Aires, com suas rua fechando-se sobre a pista e dando as costas á água. Embora, às vezes fique tão cansada da caminhada até os Bosques que o único que faça é me jogar como um saco de batatas sobre a grama na beira do lago, há muito para ver. Estive nos últimos dias no Rosedal, um frondoso jardim de rosas multicoloridas, e estão todas abertas dando ares vitorianos a

Fim de tarde nos Bosques, meu jardim secreto...

 Palermo. Por cerca de R$ 8 reais é possível alugar uma bicicleta ou patins e percorrer boa parte do parque e da Avenida Libertador. Se seu negócio é sombra e água fresca aqui também é seu lugar. Nos fins de semana fica cheio de famílias que terminam o passeio em choripan (literalmene pao com linguiça) , ainda sim é possível achar um cantinho de paz entre os patos ou ir andando até o planetário que nas noites de lua dispõe de lunetas para a observação da lua. Bienvenidos a mi Buenos Aires verde.

Viva Zapata –  Meus amigos da embaixada mexicana me alertaram e eu prometi deixar aqui o convite. Amanha é dia de Bosque. De meio dia até as oito da noite a Embaixada do México e governo argentino promovem um festival mexicano comemorando o Bicentenário da Independência e cem anos da revolução mexicana com direito a música ( meus queridinhos Los Paquitos tocam!) , comidinhas e arte. Com as altas temperaturas que já chegaram é a minha dica cultural para o sábado de fim de semana largo na capital. Deixo o convite aqui, as atividades comecam as 12h no Rosedal.

Il Ballo Del Mattone

29 set

O nome do lugar é uma homenagem a uma canção de Rita Pavone, Il Del Ballo Mattone (Gorriti 5934), mas a gente se acostumou a chamar-lo de “O bar do Charles”.  Descobrimos uma noite que o moço animado que servia as mesas, Charles, que é a lata do pintor Basquiat, não só era brasileiro como também baiano e uma simpatia. Meus amigos caíram de amores pelo lugar. E, para mim, posso apontar o exato instante em que isso me sucedeu. Foi quando eu entrava nesta sala cheia de pinturas caóticas e street art e a cantora começou a entoar Night and Day do Cole Porter. É isso para mim: um lugar cheio de grafite, boa gente, vinho e comida e Cole Porter! Já tá bom para mim, me deixem aqui, avisem os meus que não volto para casa, que não vou ao mestrado, que não regresso ao meu país. Vou ficar encantada na Argentina, tomando vinho, olhando para o grafite, escutando Cole Porter!

Forno de Pizza: Para fumar um cigarrinho e esquentar o bumbum

Descobrimos “O Bar do Charles” graças ao beau de uma amiga que toca lá nas quartas-feiras. Com o o tempo, fui entendendo sua dinâmica. Na porta quase ao lado funciona um restaurante bem razoável  ( confesso que é a menor cozinha funcional que já vi). O Jazz mesmo acontece nesse cômodo de teto alto, pintado dos pés a cabeça, cujos fundos aprendi a gostar nas noites de inverno quando saía para fumar e esquentar o bumbum no forno de pizza. Na última quarta-feira do mês rola uma festenha. É um ambiente descontraído de pintura e música que começa e termina cedo ( 21h äs 01h30, isso é cedo para los hermanos). Preços razoáveis, comidinha mais razoável ainda. E jazz, jazz na veia. Sextas e Sábados o lugar ganha o auxilio luxuoso de um DJ. É assim como o jantar vira um jantar dançante dependendo da animação dos comensais.

Ballo People

Freqüentando descobri também que existe uma galerinha bem típica do Ballo. E fuçando descobri, vejam só: Il Ballo Tv, com direito a programa de rádio ( na Rádio Palermo, mãe de todos os projetos alternativos e comunitários em Buenos, sexta s de 17hs a 19hs, FM 94.7) e videozinhos descolados. Vale a pena conferir AQUIIII!!!!

Tu Vuò Fa L'americano...

É mesmo um pedaço de Little Italy, mas aquela do tipo felliana, com vintage art, macarrão, música e personagens oníricos. O tipo de anormalidade que me parece normal. Li na internet um depoimento do dono que fez com que entendesse melhor o Ballo, um lugar feito para ser bagunçado, invadido, dominado. Casa dos artistas locais, o Ballo tem mesmo algo de casa do nono. “Después de sufrir una enfermedad muy grave, pensé en crear esa jornada para festejar la vida”, dice Francolini. “La enfermedad hizo que cambiara mi visión de la vida e influyó en la manera de manejar el negocio. Ahora, las decisiones pasan por el corazón y no por la economía”.

Fica minha dica de mais um lugar descolado e pulsante em Buenos Aires. Não tem como se arrepender. Tu Vuò Fa L’americano…

Você já foi assaltado por um vietnamita?

22 set

Voce ja foi assaltado por um vietnamita?

Você já foi assaltado for um vietnamita? Eu já. Burguesia besta é assaltada em qualquer lugar, Buenos Aires não é exceção . Para provar que ressaca de Fernet, fome, desorientação e Palermo Hollywood não se misturam, meu cartão de crédito terá que amargar mês que vem três dígitos por uma comida que não enchia barriga nem de modelo anoréxica. Foi assim que eu e mais alguns amigos, dia seguinte a festinha de inauguração de minha nova casa em Palermo resolvemos, famintos, e com o cérebro seriamente afetado pelo álcool da noite anterior, comer algo diferente ao norte da Juan B. Justo no restaurante da moda Vietnamita: o Green Bamboo (Costa Rica, 5802). B-i-g-m-i-s-t-a-k-e! Mais de 150 pesos per capita por uma comidinha metida à besta, cinco pedaços (contados!) de peixe ao molho de três amendoins, literalmente e aquele ar inexplicável de “Como assim voce não acha normal pagar 80 pesos por um prato com três pedaços indecifráveis de qualquer coisa da gastronomia moderna?”.

 

Muro de Berlim, tipo a Johnny Be Good

Explico: a Avenida Juan B Justo, carinhosamente apelidada de Johnny Be Good Avenue, é uma espécie de Muro de Berlin em Buenos Aires, separa a classe média de Palermo da classe média alta  meio besta e com ares blasé de Palermo Hollywood.  É uma avenida com poucas passagens para pedestres, instransponível em vários pontos, com trilhos e trens inóspitos, muros pixados e warehouses aparentemente abandonadas. Tudo nela parece dizer não ultrapasse. Para mim ela só serve para que taxistas lhes dêem enormes explicações sobre as voltas que tem que dar para atravessar a avenida e para manter gente desmotorizada fora do cool barrio Holiúdiano. É fácil ver se você terá ou não que cruzar a faixa de Gaza. Se o endereço de onde você quer ir é numa rua de nome de país da América Central tipo Honduras, Guatemala, Costa Rica e está acima da altura de 5 mil mais ou menos você terá que cruzar a J. B Justo. A verdade é que eu vivo por aí. Gosto dos restaurantes, das enormes árvores que abraçam ruas cheias de belíssimos prédios e casarões. E adoro sua crowd descolada dos domingos. Mas é preciso fingir ser Imelda Marcos ou a mulher de um ditador africano para existir em Palermo Holiúde!

Green Bamboo: Bonitinho porém ordinário

E este mês eu andei me comportando como a rainha da Jordânia, gastando como se tivesse um marido magnata do petróleo.

Como eu gosto de comer e beber com gente fina, elegante e sincera, mas meu orçamento não me permite muitos luxos entrei no mundo dos maravilhosos Menús do Meio dia. Portenhos curtem mesmo o jantar, sentam tarde, dez da noite e destroçam a dentadas filés de brontossauro, pedaços enormes de boi que parecem terem saído de um episódio dos Flintstones. Eu não sou evolutivamente equipada com o moedor de carne que argentinos já nasceram portando. Se janto como eles,  passo a noite sonhando com Zombies e monstros mitológicos. Meu negócio sempre foi sair com amigos e comer languidos almoços com direito a entrada, prato principal, sobremesa, cafezinho e livraria. E, para minha felicidade, muitos restaurantes da cidade estão querendo atrair pessoas como eu. São almocinhos agradáveis com bebida, entrada, prato principal e sobremesa inclusa pela baguatela de 20 e pouquisimos reais.

Até agora minha opção preferida é o Sudestada (Guatemala , 5602), que para comer bem pela noite com vinho você não desembolsará menos de 150 pesos, ou 75 reais. Mas com o Menú do meio dia, 20 reais te farão super feliz com entrada, vinho, prato caprichado, sobremesa e café. Fica a dica para dias sonolentos como hoje, quando o inverno ainda não descobriu que é primavera: ache um bom restaurante, uma boa barganha, uma boa janela e um bom menu. O Guia óleo tem uma boa lista de restaurantes que oferecem  “menus ejecutivos”. Vale a pena comprar o guia, é minha bíblia. O Meu eu comprei na Cualquer Verdura, esta loja incrível, que eu adoro levar os amigos, em San Telmo.