Arquivo | Uncategorized RSS feed for this section

Medianeras, this is a promise with a catch

7 mar

"Venha me buscar" (foto de Grafitimundo)

Medianera: f. Pared común a dos casas u otras construcciones contiguas

“Buenos Aires llama muchísimo la atención en el exterior. En Europa me pidieron como condición que nombre Buenos Aires en el subtítulo. A pesar de mostrar sus desaciertos, la gente me dice que la ciudad les genera mucha curiosidad. Las medianeras son una particularidad de acá. En ningún lugar tienen una única palabra que defina las medianeras. No existen. ” (Gustavo Torreto, diretor de Medianeras)

 

Recorte de uma foto que eu tirei de uma poesia de uma calcada portenha.

Certas coisas na vida vem na hora certa e por merecimento. Pois, para alguns momentos legais na vida, eh preciso esperar.

Eu fiz várias tentativas até conseguir assistir o filme Medianeras. Tentei sair correndo do trabalho e desisti na fila do cinema, ir a uma sessao no Rosedal só para descobrir que a coisa na acomodava gente a pé como eu, só carros.Percorri algumas vezes a Av. Santa Fé atrás de um pirata, apenas para conseguir minha cópia em um boteco, em pleno Carnaval, no Brasil!

Nao existe nada mais portenho que a solidao. Nao importa com quantas pessoas voce viva, quantos amigos tenha, namorado, cachorro, filhos, papagaio, na cidade voce é sozinho. Nas longas horas de onibus, nas pausas entre os compromissos, na sua escapada para pagar as contas, em seu café languido no meio da tarde, voce é sua melhor companhia. De certa forma, de uma maneira burocratica, a solidao é um fator coletivo, o denominador comum de toda gente.

A cidade é voce, aqueles impagaveis momentos em que voce está só com seus próprios pensamentos aproveitando a brisa da janela do onibus, esticando a cabeca para ver as janelas em estilo frances nos andares mais altos dos edificios em uma capital que pode ser simétrica e assimetrica tanto em sua arquitetura como relacionamentos. Uma arquitetura que muitas vezes se parece muito a gente que ela vem acomodar.

Edificio Kavanagh, no bairro do Retiro, assista o filme e entenda como ele veio parar nesta nota...

Venho de uma cidade onde andar sozinho em qualquer lugar é quase uma especie de lepra. E foi um alivio descobrir, que só em Brasilia e no Iran, é necessario um acompanhante para por os pes pra fora de casa. Aqui, ao contrario, é mais facil ver as mesas ocupadas por uma só pessoa que grandes grupos confraternizando. E nao há liberdade maior que a solidao bem quista, que solitude bem curtida. É mais facil ir e vir solo que armar um entourage para o cotidiano. É mais simples comer só, andar só, correr só. E, em Buenos Aires, os habitantes já se conformaram com isso. Vivemos dos torpedos, de olho na temperatura, no transporte publico, cartao SUBE e Guia T em punho, onde ir e vir nao sao um direito e sim uma necessidade.

Mas a cidade vai além da solidao arquitetonica. Buenos Aires abriga encontros e desencontros, a selva de pedra, as delicias e os infernos de uma metropole de 15 milhoes de pessoas. Apartamentos acocorados sobre as avenidas, habitantes de caixas de sapato”, o s monoambientes (kitchnetes) da capital, a busca do amor que se parece ao “Onde está Wally?” da literatura viral dos 90. Minha cidade natal nao tem esquinas e aqui parece nao haver nada além delas.

Medianeras é um flime e mais uma delicia portenha. Um flick sensivel sobre uma cidade que pode ser doce e brutal na mesma medida, a gloria e a perdicao em igual gradacao. Mamao com a azucar é verdade, sublime como as vezes Buenos Aires pode ser com seus momentos mágicos. E possui ainda alguns momentos celestes como quando os personagens principais cantam uma das minhas musicas favoritas.“ True love will find you in the end” é uma das baladas mais expressivas do geek norte Americano Daniel Jonhston. Com sérios disturbios mentais, (Johnston é uma especie de Bob Dylan bipolar) o cinquentao vive nos fundos da casa de seus pais no Texas e se tornou o queridinho de estrelas do rock como o vocalista da banda Peral Jam Eddie Vedder  e o cantor Beck depois do documentario The Devil and Daniel Johnston sobre sua peculiar vida. O filme ganhou as telas do cinema e vários premios no festival de cinema independente Sundance. E Daniel Johnston um pouco do reconhecimento que ele merece.

A letra é qualquer bossa e seu encaixe no filme qualquer finura. Deixo aqui a dica do filme e da musica. Como diz a letra, this is a promise with a catch…

 

 

50 escapadinhas Primaveris

28 set

Muita gente quer vir a Buenos Aires. Muitas vezes quem está aqui dentro quer sair de Buenos Aires. É assim que me encontro ultimamente. A Capital, como qualquer outra grande cidade, padece das mesmas chagas cosmopolitatas que qualquer outra metropole, transito, poluicao, falta de espaco, etc. A selva de concreta a la Latina America vou confessar ( vindo da pessoa que antes das oito da manha ja tomou um metro e um onibus para chegar a redacao) cansa.

Com a primavera rocando os portoes da cidade a inquietude das pessoas por sol, mar e montanha aumenta. Comeca a corrida por “Estancias” ( Fazendas), Pueblos ( cidadezinhas), restaurantes rurais e outros lugares onde o bel far niente eh apreciado.

Domingo, o jornal Clarin publicou uma matéria dessas para guardar na gaveta e sonhar com escapadinhas todos os fins de semanas que também vale a pena dividir com os turistas que querem ir Capital e além quando em visita por terras porteñas. Deixo aqui a enorme lista, otima redonda e cheia de charme!

Tigre
Con la primavera, florece el marco natural del Delta y los recreos, cabañas, restaurantes y bungalows ofrecen propuestas diversas para disfrutar de la jornada completa. Entre las excursiones que organizan el Centro de Guías de Turismo de Tigre y el Delta y varias empresas de catamaranes se destaca un recorrido hasta la casa-museo del escritor Haroldo Conti y el chalé que perteneció a Sarmiento. En tierra firme, una forma novedosa para recorrer la ciudad es a través del Bus Turístico, que facilita la visita al Mercado de Frutos, el Circuito de Museos (como el lujoso Museo de Arte) y el Parque de la Costa.
Informes: 0800-88884473 / 4512-4497/8 / turismo@tigre.gov.ar / http://www.vivitigre.gov.ar
$ 45 Paseo de 40 minutos en catamarán por los ríos Tigre, Luján y Sarmiento; salida de una hora, $ 50; de dos horas, $ 70; hasta 8 años, gratis (4731-0261/2/3/1831 / info@tigreencatamaran.com.ar / http://www.tigreencatamaran.com.ar).

Luján
Ofrece cuatro circuitos temáticos. El más popular es el recorrido “Religioso”. Los principales puntos del Circuito Histórico son el Complejo Museográfico y el Museo Textil y Archivo de la Algodonera, en Flandria. A su vez, el Circuito Rural abarca restaurantes de campo, estancias, centros tradicionalistas y sitios históricos de Carlos Keen, Open Door, Cortínez, Torres, Olivera y Flandria. La propuesta “Natural” abarca el parque Ameghino, el Zoo Luján, el Polideportivo Municipal y, en Villa Flandria, el Club Náutico El Timón y el Area Forestal Protegida.
Informes: 0800-3331061 / (02323) 427-082 / turismo@lujan.gov.ar / http://www.lujan.tur.ar

$ 95 Asado con guarnición, bebida y postre en el restaurante Plumas Verdes (02323- 434-231/15533903 / crominasalvo@yahoo.com.ar / www.lujanet.com.ar).


San Pedro
La gran novedad es el turismo rural en Santa Lucía, a 37 km de San Pedro por la ruta 191. Esta ciudad se destaca por la pesca y la gastronomía, especialmente pescados de río y ensaimada, un postre dulce introducido por inmigrantes mallorquines. Además, magníficas vistas del Paraná desde las barrancas y desde la costa de Vuelta de Obligado (19 km al norte), donde fue reabierto el museo que revive la batalla de 1845, cuando las tropas de Rosas enfrentaron a la flota anglo-francesa. En San Pedro también están el Museo Paleontológico y un parque de esculturas.
Informes: (03329) 42-8483/9406/ 9246/2058 / turismo@sanpedro.gov.ar / http://www.sanpedro.gov.ar

$ 1.430 Fin de semana largo de octubre (4 d./3 n.) en hotel Howard Johnson del centro, con media pensión, masaje, recreación, piscina climatizada, wi-fi, gimnasio, spa, tenis, paddle y voley playero; en la costanera, $ 2.290 (0810-1224656 / 03329- 431-200 / reservas@hjsanpedroresort.com.ar / http://www.hjsanpedro.com.ar).

Tandil
El circuito clásico vincula la Reserva Sierra del Tigre –donde se accede a la cima del cerro El Venado– con el cerro El Centinela (tiene una aerosilla de 1.200 m de largo), Monte Calvario y su Vía Crucis, la Piedra Movediza que cayó en 1912 y el cerro Castillo Morisco, con un restaurante y un mirador de la ciudad.
Informes: (02293) 432-073 / turis mo@tandil.gov.ar / http://www.turismo.tandil.gov.ar

$ 119 Picada para 4 en almacén Epoca de Quesos; sándwich Chacarero para compartir, $ 67; cerveza artesanal, $ 15,50; vino en “pingüino”, $ 29 (02293- 44-8750/0267 / tandil@epocadequesos.com / http://www.epo cadequesos.com).
Chascomús
La temporada fuerte de pesca en la laguna de Chascomús y otras seis lagunas encadenadas se extiende hasta noviembre. Cada pescador se puede llevar 25 piezas como máximo. Clubes náuticos y campings alquilan botes, cuatriciclos a pedal, bicicletas y caballos. El recorrido histórico incluye el Teatro Municipal Brazzola, la Casa de Vicente Casco (de 1831), el salón de los Espejos del Palacio Municipal, el café y centro cultural La Botica (de 1852) y la iglesia de los descendientes de inmigrantes africanos.
Informes: (02241) 42-2697/43-0405 / turismochascomus@yahoo.com.ar / http://www.chascomus.gov.ar

$ 450 Pesca embarcada de día entero para cuatro personas en la laguna de Chascomús o Chis Chís, con combustible y guía (02241- 15553580).

San Antonio de Areco
El Circuito de los Artesanos Arequeros (integrado por plateros, pintores, sogueros, tejedores, ceramistas y chocolateros) permite conocer algunos secretos del más renombrado pago de tradición gauchesca. A su vez, el Parque Criollo y Museo Ricardo Güiraldes propone otro paseo ineludible.
Informes: (02326) 45-3165 / direc ciondeturismo@areconet.com.ar / http://www.sanantoniodeareco.tur.ar

$ 700 Habitación doble (3 días y 2 noches) con desayuno, estacionamiento, TV cable, wi-fi, spa y parrilla en el hotel San Carlos; habitación Superior, $ 850 (02326- 45-3106/5390 / info@hotel-sancarlos.com.ar / http://www.ho tel-sancarlos.com.ar).
Gualeguaychú (Entre Ríos)
Los lugares indicados para disfrutar del contacto con la naturaleza son el parque Unzué, el río Gualeguaychú y el balneario Ñandubaysal, sobre la costa del río Uruguay. Además, se organizan paseos embarcados y salidas de pesca. Se recomienda recorrer el circuito histórico y renovarse con baños termales en dos complejos.
Informes: (03446) 42-2900 / in formacion@gualeguaychuturis mo.com / http://www.gualeguaychutu rismo.com

$ 30 Entrada a Termas del Gualeguaychú; de 5 a 9 años y jubilados, $ 20 (03446- 499-167 / info@gualeguaychutermal.com.ar / http://www.guale guaychutermal.com.ar).

Mar del Plata
Este clásico de todo el año puede ser abordado a través de caminatas por la Rambla y el bosque Peralta Ramos, un paseo por el Puerto con sus lobos marinos y restaurantes –donde sirven exquisitos pescados y mariscos– y una visita a Sierra de los Padres (a 10 km), para practicar trekking y cabalgata.
Inf.: (0223) 495-1777 / webmas ter@turismomardelplata.gov.ar / www.turismomardelplata.gov.ar

$ 549 Habitación doble con desayuno buffet, spa, gimnasio, estacionamiento, TV cable y wi-fi en hotel Dos Reyes (4382-3222 / 0223- 491-0383 / info@dosreyes.com.ar / http://www.dosreyes.com.ar).

Isla Martín García
Enclavada en el Río de la Plata y habitada por más de 200 especies de pájaros, la histórica isla genera un muy didáctico recorrido a pie por sitios históricos y distintos ambientes naturales, como juncales, pajonales, selva y bosque. Son imperdibles la panadería construida en 1913 –elabora un famoso pan dulce–, el comedor El Solís, las ruinas de la cárcel y del Barrio Chino y el cine-teatro.
Informes: (0221) 429-5555 / subsecretaria@turismo.gba.gov.ar / http://www.islamartingarcia.info

$ 266 Excursión ida y vuelta en barco Cacciola, con impuestos, aperitivo, visita guiada, asado con canilla libre y postre; 3 a 10 años, $ 200 (4749-0931/2369 / 4393-6100 / 4394-5520 / info@cacciolaviajes.com / http://www.cacciolaviajes.com).

Sierra de la Ventana
El principal atractivo de esta comarca de sierras y pequeños pueblos es el cerro Ventana, a cuya cima se puede acceder después de completar un trekking en ascenso bastante exigente. Villa Ventana, Sierra de la Ventana, La Gruta y Villa Arcadia ofrecen buenos hoteles, cabañas y restaurantes. En Saldungaray se puede apreciar un fortín reconstruido, la fachada art decó del cementerio (diseñado por el arquitecto Salamone) y una bodega, donde se realizan visitas guiadas con degustación.
Inf.: (0291) 491-5303 / informesturisticostornquist@yahoo.com.ar / http://www.sierradelaventana.org.ar

$ 180 Dos días y una noche por persona en una casona con capacidad para 13 huéspedes; incluye desayuno y la excursión Circuito Regional (0291- 491-5383/55 / sergiorodriguezturismo@info via.com.ar).
Los servicios y las actividades al aire libre que ofrecen las estancias bonaerenses se depliegan sobre la llanura. En algunos casos, el paisaje característico de la pampa húmeda se combina con sierras, ríos y lagos.

Villa María (Máximo Paz)
La distinguida atención y el lujoso casco estilo Tudor –en medio de un hermoso parque diseñado por Carlos Thays– dan forma a una de las mejores estancias turísticas del país. Cuenta con 11 habitaciones en suite, restaurante y cava de vinos. Reservas: 4832-8737 / (02274) 450-909 / villamaria@estanciavillamaria.com / http://www.estanciavilla.com

$ 515 Almuerzo y actividades como fútbol, tenis, paseo en carro, caballo y bicicleta; 1 d./1 n. para 2 personas con pensión completa, $ 1.800; en suite King, $ 2.315.

La Isolina (Olavarría)
A orillas del arroyo Tapalqué, la casona de 1920 se levanta en medio de un parque de casuarinas, cedros y pinos. Se organizan cabalgatas. Hay una cancha de tenis de césped, piscina, bochas, bicicletas y canoas. Reservas: (02284) 15652616 / (02284) 15477043 / laisolina@hotmail.com / http://www.laisolina.com.ar

$ 750 2 d./1 n. con pensión completa, copa de bienvenida, bebidas y actividades; chicos, $ 600; 3 d./2 n., $ 1.250 y $ 1.000.

Los Ombúes (Villars)
Se distingue por la muy buena gastronomía y la variedad de juegos y actividades para compartir en familia. La arboleda del cuidado parque induce a tirarse a hacer una siesta después del exquisito asado. Cuenta con piscina, solario, bicicletas, sala de TV y dvd, canchas de vóley, fútbol y tenis (de polvo de ladrillo) y 9 hoyos de golf. Reservas: 4643-1978 / (156) 3971978 / info@losombueseven tos.com.ar / http://www.losombuese ventos.com.ar

$ 140 Recepción, almuerzo, merienda y actividades; chicos de 2 a 9 años, 50%; paseo a caballo, $ 15; dos días y una noche con pensión completa, $ 550; 3 d./2 n., $ 917.
Pampas al Sur (Cañuelas)
En medio de una añosa arboleda, combina sesiones de reiki y masoterapia con cabalgatas, paseos a caballo, en bicicleta y en carruaje. El Club House cuenta con un hogar a leña, ideal para estirar la sobremesa, charlar y leer. Son exquisitas las verduras asadas que acompañan las carnes asadas. Reservas: 5235-8545 / (156) 3812210 / reservas@pampasdelsur.com / http://www.pampasdelsur.com

$ 175 Almuerzo, merienda, bebidas sin alcohol y actividades; 1 d./1 n. con pensión completa, $ 420; 2 a 10 años, 50%.

Cabaña La Tarde
(Tomás Jofré)
Servicios de primer nivel, en un lugar preparado para brindar descanso y jugar al polo. Los expertos tienen la posibilidad de taquear y los principiantes pueden tomar una clase. También hay canchas de bochas y de fútbol y juegos para chicos. Aquí no se puede dejar de probar el salame casero y la leche recién ordeñada. Reservas: 4798-9231 / (154) 9864529 / consultas@latardepolo.com.ar / http://www.latardepolo.com

$ 250 1 d./1 n. con desayuno, infusiones, wi-fi, DirecTV y actividades; 2 d./2 n., $ 430.

El Paraje de Areco
(San Antonio de Areco)
Tradición gaucha y actividades recreativas en el paraje rural El Tropezón, próximo a San Antonio de Areco. El asado se sirve en carros tirados por caballos. Se realizan cabalgatas, paseos en carro, show de guitarreada y baile, destrezas criollas y carreras de sortija. Reservas: 4890-1418 / (155) 8937412/3 / (02323) 455-367 / info@elparajedeareco.com.ar / http://www.elparajedeareco.com.ar

$ 250 Almuerzo, merienda, show folclórico y actividades; de 3 a 12 años, 50%; habitación doble con pensión completa, $ 910; con media pensión, $ 790.

La Herradura (Los Cardales)
Una cálida atmósfera familiar, en un establecimiento sencillo y sin lujos, favorecido por el fácil acceso por Panamericana. Ofrece un completo Día de campo, con muy buen asado, paseos a caballo y un show a cargo de músicos locales. Otra característica a tener en cuenta es la muy buena atención personalizada por parte de Miriam Varela. Reservas: (155) 4500384 / (02322) 492-142 / campolaherradura@yahoo.com.ar

$ 120 Desayuno, almuerzo, bebida, postre, merienda, destreza, bochas, tejo, sapo, caballo y show folclórico; 4 a 12 años, $ 80.
La Candelaria (Lobos)
Este castillo lujoso se destaca por la comida, los paseos guiados, el polo y la Fiesta Gaucha, que se desarrolla los sábados y desde octubre incluirá un partido de polo, destrezas criollas y show folclórico. El Día de campo (que también se organiza los domingos) incluye una recepción, almuerzo, merienda, caballos, bicicleta y tenis. Reservas: (153) 3650158 / (02227) 42-4404/49-4132/4473 / info@estanciacandelaria.com / http://www.estanciacandelaria.com
$ 235 Día de campo; dos días y una noche en un bungalow, $ 825 el fin de semana; entre lunes y viernes, $ 550; en habitación, $ 1.050 y $ 700; en suite o molino, $ 1.350 y $ 900, más IVA.

La San Antonio (Guernica)
El sabroso asado es amenizado por las zambas, chacareras y payadas de El Paisano Alberto. La estancia ofrece un muy completo Día de campo, que incluye paseos a caballo, fútbol, visita a una granja y caminatas por el hermoso parque arbolado.
Reservas: 4373-1688 / (156) 993 6367 / info@lasanantonio.com.ar / http://www.lasanantonio.com.ar

$ 150 Almuerzo, merienda y actividades; 4 a 10 años, $ 90; 3 d./2 n. del 8 al 10/10 en bungalow con pensión completa y DirecTV, $ 850; en el casco, $ 950.

Santa Elena (Las Heras)
Tradiciones pampeanas, carruaje de 1890, caballos, tejo, bochas, fútbol y vóley, en un amplio parque arbolado. Lo mejor pasa por el asado –que se sirve en la galería exterior– y la esmerada atención de “Pinocho” Viale (el dueño) y su hijo. Reservas: (0220) 476-3030 / (02227) 15610558 / estanciasantaelena@yahoo.com.ar / http://www.estanciasantaelena.com

$ 130 Recepción, almuerzo, merienda y actividades; 2 d./1 n. con pensión completa, $ 410; 3 d./2 n., $ 680.
Lujo y servicios de alta gama son las claves de estos diez lugares que ofrecen descanso en ámbitos muy confortables, algunos de ellos reforzados por terapias de spa.

Finca María Cristina (Brandsen)
Hotel boutique de campo, famoso por su cocina criolla y sus actividades, en una antigua estancia de 55 ha. Cuenta con 16 habitaciones con vista al parque o al campo, muy distintas: familiares, suites, chacras Boutique, loft Princesas (para niñas, ambientadas al estilo Barbie) y loft Aventura (para chicos, estilo safari).
Reservas: (153) 5580148 / reser vas@fincamariacristina.com.ar / http://www.fincamariacristina.com.ar

$ 980 Habitación doble Classic con pensión completa y actividades. Día de campo, $ 254; de 2 a 12 años, 50%.

Hotel y spa Howard Johnson (Ramallo)
De cara al río Paraná y una reserva natural costera, el excelente servicio de este hotel se percibe en el restaurante, el spa y las amplias habitaciones, con grandes ventanales hacia el río.
Reservas: (03407) 422-522/225 / 0810-1224656 / info@hjramallo.com.ar / http://www.hjramallo.com.ar

$ 600 Dos días y una noche por persona durante octubre, con media pensión, spa, TV cable, wi-fi, estacionamiento, piscina climatizada, juegos de salón, gimnasio y recreación para chicos; en suite Junior, $ 700; con hidromasaje, $ 800.

Hotel y spa Sol Victoria (Victoria, Entre Ríos)
Un lujo posado sobre las barrancas que balconean el río Paraná. Cuenta con piscina climatizada, gimnasio con aparatos y circuito aeróbico. Se organizan cabalgatas y visitas guiadas a “La ciudad de las siete colinas”.
Reservas: (03436) 424-040 / 0800-8887070 / info@hotelsol victoria.com.ar / http://www.hotelsol victoria.com.ar

$ 1.800 Dos noches por persona en base doble, con desayuno y spa; sábado o domingo, $ 2.000. “Noche romántica”, $ 1.000; en suite Junior, $ 1.250.

Spa Aquae Sulis (Lobos)
Con 28 habitaciones confortables y luminosas, este spa ofrece comida gourmet y variados tratamientos. En el parque hay una piscina rodeada de palmeras. Además, cuenta con un moderno circuito hídrico, que incluye una pileta climatizada para nado contracorriente, con hidromasaje. Entre otros tratamientos, ofrece baños de barro, masofilaxia, limpieza de cutis y masajes.
Reservas: 4658-1226/8218 / (02227) 42-3940/4330/1931 / aquaeinfo@aquaesulis.com.ar / http://www.aquaesulis.com.ar

$ 1.070 Dos días y una noche con pensión completa, bebida sin alcohol, pileta, jaccuzzi, baño turco, sauna, aquagym, aerobics, bicicleta y gimnasio con aparatos; del 8 al 10/10 (3 d./2 n.), $ 1.465.

Delta Eco Spa (Tigre)
Combina el contacto directo con la naturaleza con servicios de categoría, actividades saludables y excelente gastronomía. Ofrece 16 habitaciones estándar, 4 superiores, 23 cabañas, dos piscinas (una es cubierta y climatizada), jaccuzzi, restaurante, gimnasio, Internet y DirecTV. No se admiten menores de 10 años.
Reservas: 5236-0553 / e-mail: info@deltaecospa.com / http://www.deltaecospa.com

$ 1.050 Habitación doble (2 d./1 n.) con traslado en lancha desde Tigre, media pensión, bebidas sin alcohol y spa; Superior, $ 1.300; bungalow, $ 1.600.

Hotel de campo San Ceferino (Open Door)
Variadas actividades cerca de Luján. Por ejemplo, golf, fútbol, tenis, caminatas, paseos en carruajes y en bicicleta, cabalgatas y visitas a un museo de 50 carruajes antiguos, un tambo y la lechería. Además, se organizan los eventos “Té con glamour”, “Cena de encanto” y Día de campo.
Reservas: (02323) 441-500/501 / ventas@sanceferinohotelspa.com .ar / http://www.sanceferinohotelspa.com.ar

$ 380 Día de spa (desde las 9 hasta las 19); de lunes a viernes, $ 350; habitación doble con pensión completa y actividades, $ 690.

Estancia Las Colas (Gualeguay, Entre Ríos)
Una finca de principios del siglo XX, con detalles y servicios de lujo en sus siete habitaciones, cerca del río Paraná y las lomadas del sur entrerriano. Al confort se suman la comida casera, el espectacular parque y la variedad de actividades.
Reservas: 4131-1200 / info@salenteintourism.com / http://www.salentein.com

$ 380 Un día y una noche por persona en base doble, con pensión completa, piscina, tenis, bicicleta y cabalgata. Día de campo, $ 190; de 3 a 12 años, 50%.

Resort y spa Sofitel La Reserva (Los Cardales)
De fácil acceso desde la ciudad de Buenos Aires por autopista (ruta 9 Panamericana), esta propuesta de lujo está enmarcada por un reparador paisaje bucólico, donde resaltan el club de campo La Reserva, una cancha de golf y una laguna. Cuenta con 159 habitaciones, gastronomía de nivel internacional, dos restaurantes y un piano bar. En cuanto a las actividades, ofrece piscina, gimnasio, spa, fútbol, tenis, sala de juegos, bowling, biblioteca, golf, náutica, Club de Niños y bicicletas.
Reservas: (03489) 435-437/832/ 867 / sofitellareservacardales@accor.com / http://www.sofitellareserva.com

$ 1.826 Habitación doble con desayuno y actividades; entre semana, $ 1.440.

Resort de Campo y Polo (Open Door)
Los exquisitos platos de este establecimiento rural de gran categoría fusionan las cocinas criolla y mediterránea. Cuenta con 32 habitaciones, cuyos ventanales y balcones están orientados hacia el parque y las cuatro canchas de polo. El lugar cuenta con juegos recreativos para chicos.
Reservas: (153) 4232332 / (02323) 496-669 / info@poloresort.com.ar / http://www.poloresort.com

$ 290 Día de spa, con masaje Express, pulido de manos o pies, almuerzo, piscina climatizada, ducha escocesa, sauna finlandés, baño de vapor, hidromasaje, gimnasio y tés.

Hotel y spa Rumbo 90° (Delta de Tigre)
Combina relax y tratamientos de spa en el hotel con actividades náuticas y trekking alrededor de las instalaciones 5 estrellas. Las seis suites están equipadas con el máximo confort y deck privado. Entre otras exquisiteces para degustar, se recomiendan la Terrina de la isla, el Dorado cítrico y el inigualable creme caramel, un flan casero elaborado con nueces pecán y crema sabayón.
Reservas: (155) 8439454 / bookings@rumbo90.com.ar / http://www.rumbo90.com.ar

$ 600 Día de spa “Relajante”; incluye traslado en lancha, almuerzo y merienda; almuerzo con bebida sin alcohol y actividades, $ 350; de 4 a 10 años, $ 300.
La provincia de Buenos Aires ofrece un amplio espectro de escenarios y modalidades para practicar actividades de aventura. Aquí, algunas opciones.

Kayaking en Oriente
Entre Claromecó y Monte Hermoso, guías especializados organizan salidas en kayak por el río Mulpunleufú (o Quequén Salado) y las cascadas más altas de la provincia. La excursión se completa con tirolesa, mountain bike y una visita guiada, que se hace una vez por mes, con luna llena.
Reservas: (02983) 495-133/156 10311/15527581 / quequensalado @hotmail.com / http://www.rioque quensalado.com.ar

$ 215 Excursión de cinco horas en kayak, seguida de tirolesa, mountain bike y una visita guiada; incluye equipo, guía, seguro, asesoramiento y almuerzo.

Vuelo en paramotor en Cañuelas
Adrenalina y mucha emoción se conjugan en este vuelo en biplaza, con la compañía del instructor Marcelo Toledo. Desde el km 87 de ruta 3, el parapente impulsado por un motor se eleva hasta 600 m y permite apreciar campos sembrados y las lagunas de Monte, Lobos y Navarro. El mejor almuerzo puede ser un asado en la parrilla Lo de Santiago.
Reservas: (156) 0920495 / para motorlabusqueda@yahoo.com.ar / http://www.paramotorlabusqueda.com.ar

$ 350 Tarifa del vuelo de bautismo de quince minutos, con seguro e instructor.

Cicloturismo en Berazategui
Programada para el 2 de octubre, la salida recorrerá senderos de tierra del parque Pereyra Iraola, vías abandonadas, campos sembrados y viejas rutas de asfalto, hasta la Reserva Natural y Casa-museo de Hudson, el paraje La Capilla y la estación Buchanan. El 22/10, Pilar y Capilla del Señor; el 30/10, travesía por vías y estaciones abandonadas; el 13/11, Vuelta de Brandsen. Salidas para principiantes, medios y avanzados.
Reservas: 4650-4817 / (156) 3360326 / bicigg@speedy.com.ar / http://www.biketrekgg.com.ar

$ 180 Traslado ida y vuelta desde Buenos Aires, bicicleteada guiada y visita a la Reserva Hudson; alquiler de bicicleta, $ 75.

Multiaventura en Tandil
Esta propuesta combina tirolesa de casi 200 metros de largo y bajada en rappel en el cerro Granito (al sudoeste de Tandil) con trekking sobre el faldeo del Cordón de las Animas, hacia el este de la ciudad. Los guías especializados Carlos Centineo y Marcelo Palahi brindan charlas técnicas y proveen todo el equipo.
Reservas: (02293) 43-4313/156 46030/15600822 / kumbretan dil@hotmail.com / http://www.kum bre.com

$ 250 Traslado, rappel, tirolesa, trekking, fogón con picada durante la puesta del sol.

Safari fotográfico en el Delta
El paisaje del Delta ofrece infinitas imágenes para captar, especialmente en primavera. Los colores de la vegetación deslumbran al amanecer y durante el atardecer, cuando tonalidades ocres tiñen el bosque y el río. La salida empieza en una antigua fábrica de sidra, una zona poco transitada de la Primera Sección, cerca del río Carapachay.
Reservas: 4728-3075 / (154) 9755066 / info@larealtigre.com.ar / http://www.larealtigre.com.ar

$ 190 Excursión guiada, asesoramiento fotográfico, almuerzo con bebidas y merienda.

Navegación en velero por
el Río de la Plata
Ideal para compartir con la familia o con amigos, brinda la posibilidad de disfrutar del Río de la Plata y los encantos del Delta y de Colonia, en Uruguay. El velero Don Sala organiza salidas diurnas y nocturnas, con luna llena.
Reservas: 4304-4206 / (154) 410 4010 / donsala@donsala.com.ar / http://www.donsala.com.ar

$ 150 Travesía diurna de dos horas; con luna llena, $ 100; 2 d./1 n. en Colonia con pernocte en el velero, $ 500; 8 horas por el Delta, $ 200.

Trekking en el Parque Nacional Predelta (E. Ríos)
Cerca de Diamante, en este humedal con selva, islas y pajonales un sendero de mil metros bordea la laguna Irupé y permite llegar hasta una típica lomada entrerriana y la laguna Las Piedras.
Informes: (0343) 498-3535 / pre delta@apn.gov.ar / http://www.parques nacionales.gov.ar

$ 10 Trekking guiado de 2 hs.; contingentes, $ 3 por persona; desde diciembre, $ 4 (0343- 154614944 / balladarescesar@hotmail.com / guiasdelpredelta@hotmail.com).

Vuelo de bautismo en Zárate
En el Club de Planeadores (ruta 9 km 87,5) se larga la aventura en un aparato biplaza comandado por un piloto profesional. Una vez que el avión remolcador se desprende del planeador, empieza un silencioso y placentero sobrevuelo de la zona rural cercana a Zárate, hasta 1.000 a 1.200 m de altura.
Reservas: (155) 4163312 / secre taria-cpz@hotmail.com / http://www.cpz.com.ar

$ 180 Vuelo de bautismo con instructor; dura entre quince y veinte minutos.

Cabalgata en Arrecifes
El paseo guiado a caballo que organiza la estancia El Sosiego recorre al paso los 3 kilómetros del perímetro del campo, bordea una vía de tren, atraviesa parcelas sembradas de soja, maíz y trigo y permite apreciar el arroyo Contador y una lejana arboleda, que oculta el río Arrecifes. Otras actividades para tener en cuenta aquí son una caminata de 1.500 metros hasta un antiguo puente ferroviario y un paseo en carruaje. En un haras reciclado hay seis suites dobles y triples. La estancia admite mascotas.
Reservas: (154) 4090532 / (155) 4021888 / info@estanciaelsosie go.com.ar / http://www.estanciaelsosie go.com.ar

$ 750 Dos días y una noche con pensión completa, bebidas, cabalgatas, paseos en carro y en sulky, bicicleta, vóley, críquet y pesca; chicos de 2 a 9 años, 50%.
Cuatriciclo en Villa Gesell
Un desafío al desierto de dunas que se levanta entre Villa Gesell y Cariló. Adrenalina pura genera el itinerario de 20 km ida y vuelta, que atraviesa los médanos y el bosque en el trayecto de ida, para regresar por la playa. La partida es desde av. Buenos Aires y Alameda 212, al norte de la ciudad.
Reservas: (02255) 45-4646 / casa solah@hotmail.com

$ 220 Excursión de unas dos horas en cuatriciclo para una o dos personas, desde Villa Gesell hasta Cariló ida y vuelta.

VEJA A NOTA DO CLARÍN NA ÍNTEGRA AQUIII!

No Me Ama

30 jul

El Gran freaky show argentino, para los bajitos!

17 maio

Este es el show de Xuxa, y los saluda con amor./ Es la hora, es la hora, es la hora de jugar

Xuxa e Gimenez, um encontro de titas.

 El gran freaky show argentino tem importes brasileiros. Domingo à noite na Capital e, enquanto nos sentamos como jamantas sobre alimentadas depois do tradicional almoço tardio de domingo dos expatriados brasileirosem Buenos Aires, alguém tem uma brilhante idéia: assistir no youtube o programa em que a Hebe argentina, Suzana Gimenez, recebe Xuxa que foi ao ar na ultima sexta-feira. A relação da Xuxa com a Argentina não é de hoje. A apresentadora tem uma longa historia de amor com los bajitos argentinos. E, aqui, para constrangimento dos brasileiros presentes é comum terminar a parte mais ébria de uma festa com Ilarie em espanhol em um momento temido pelos brazucas em que a vergonha alheia supera os níveis aceitáveis.

Tyson: agora cria pombinhas e danca em show argentino.

A televisão argentina sempre me surpreendeu, mas não satisfeita com a quantidade de basura local anda importando estrelas decadentes do exterior, como será o caso do programa Bailando por um sueno, um clássico da programação trash hermana que, como nossa Dança com Famosos, supera todos os limites do mau gosto. Para a nova temporada, que começa este mês, importara figuras como Mike Tyson (que na semana retrasada ganhou capa da revista dominical do jornal Clarin e uma entrevista insólita na qual exibe seu hobby excêntrico de criar pombos), Pamela Anderson e Ronaldinho Gaucho. Será um freakyshow que eu, e a parte de mim que tem gosto duvidoso, não perderemos.

 Duelo de Titãs – Vestida com um modelito que mesclou Morticia Adams com Mad Max, Xuxa entrou resfriada num auditório onde fans histéricos gritavam canções clássicas do repertorio da loirinha agradecendo com leves acenos já que o figurino lhe dava a mobilidade Stephen Hawkings. Para encontrar-se com a Hebe argentina (com a mesma posse de eu comecei na TV Excelsior), a divina Suzana Gimenez, semi mumificada por incontáveis plásticas, embalsamada em água oxigenada, mas com o humor intacto pelos anos. Mas, Suzana Gimenez não é nenhuma Hebe queridinha, ex modelo, com a vida amorosa mais movimentada que Suzana Vieira, Gimenez já foi casada e namorou montoneros, mafiosos, boxeadores (entre ele Carlos Monzon, condenado por matar a mulher), charlatões e trambiqueiros  de todos os calibres. Imputada varias vezes por envolvimento em toda espécie de sonegação de impostos, esquemas e ate narcotráfico, Gimenez é bem mais divertida que nossa Hebe cujo auge da picardia foi roubar um selinho do Roberto Carlos. Declarações polemicas, e ate disparar com o que é um consenso universal, como os direitos humanos, a senhora já fez.

Gimenez dispara contra os direitos humanos, todos tem que escolher uma luta...

O encontro de titãs nos levou ao delírio no domingo a noite em um momento em que a indiscrição argentina encontrou a candidez brasileira e produziu instantes históricos para as relações dos dois países. Xuxa falou de sua relação com a Argentina, seus projetos e outras coisas enfadonhas mais, no entanto, os melhores momentos aconteceram graças à indiscrição argentina e a boca louca das duas apresentadoras. Em um dos melhores segmentos do show, quando perguntada se realmente dormia sob a gélida temperatura de 9 graus Celsius, Xuxa respondeu positivamente, mas que dormia sob um edredom de pena de ganso. O espanhol da loirinha é bem bonzinho, apenas que pena em espanhol é pluma e Susana entendeu que a mocinha dormia sobre pene de ganso (penis de gansos). Explicando posteriormente que pene era pitulin em meio de extravagantes gargalhadas. Um dos momentos mais sem noção da televisão argentina. Vale muito à pena (no a pene) conferir este momento.

Falando em sem noção, a falta de conexão das duas com o que é uma vida real produziu outros instantes memoráveis com direito a teleconferência Sasha que, segundo palavras de Xuxa, é muito humilde. Tão humilde que, abismada com a mansão em que vivia, pediu um apartamento mais modesto, onde pudesse almoçar com vista pro mar e perto de seu colégio. Atencao mamae, se voce estiver me lendo, eu tambem sou modesta!

E entrou para historia como uma das poucas brasileiras de 12 anos já com vivenda própria. Ah, tem seu próprio carro também. Sobre Ayrton Senna, Xuxa disse que estava em contato com ele e que o veria depois da corrida que o matou, descartou Adriana Galisteu, entre outras indiscrições mais.

Depois dos vídeos da Xuxa no youtube, nos dedicamos a ver o episodio em que o menor homem do mundo, um anão com voz de balão de gás, contava sua historia de vida a Suzana Gimenez. Domingo a noite na capital, se você não tem o mais o que fazer, prenda la tele e descubra como uma das populações mais eruditas da America do Sul tem também a televisão mais baixa do continente. É inexplicável, por vezes lamentável, mas, de uma maneira geral, muito divertido.

Los Locos de Mierda

11 maio

O inverno ta chegando na capital e o cobertor de orelha vai ficando cada vez mais indispensável, Mas, atenção meninas! Medo e delírio no sul do nosso continente. Isso estão passando as mulheres que se relacionam com os sudacas da bacia aqui do Prata.

 Mudar-se para outro pais é mais do que adaptar o estomago aos hábitos alimentares de uma nova caixa postal. É entranhar também a maneira de se relacionar do povo. Hoje, o tópico de discussão no Asado de sábado (o tradicional churrasco dos domingos brasileiro) era a insatisfação da mulherada com o comportamento masculino. Ate ai tudo bem, no Brasil a coisa talvez não fosse diferente. Mas, mudando de pais venho aprendendo que a insatisfação bem pode ser a mesma, mas os problemas são outros.

 Argentinos e brasileiros dividindo uma cervejinha numa tarde de outono portenha e digerindo o mesmo tópico: os homens desta comarca do mundo estão ou não ficando cada vez mais histéricos? Resolvi escrever sobre isso porque parece transceder a experiencia pessoal para tomar dimensoes epidemicas.

 Explico-me. Um dicionário de português definiria histeria:

 (grego hustéra, -as, útero + -ia)

 s. f.1. Psican. Doença nervosa, geralmente com manifestação de sintomas como convulsões, contracturas ou paralisias, antigamente associada às mulheres. = neurose

2. Tipo de comportamento com grande, intensa ou ruidosa manifestação de emoção.

3. Índole caprichosa.

E em português costumamos a associar histeria a um estado de estado descompensado emocional que normalmente não usamos para definir relações românticas. Mães são histéricas, avos são histéricas e, principalmente, mulheres são histéricas.

 Aqui há um comportamento claro na cabeça quando dizemos que os homens são histéricos. Virou uma verdadeira patologia argentina.

Não sou eu que estou dizendo, joguem no Google. Existem fóruns de discussão!Podemos ate relacionar com a definição do dicionário de comportamento com grande, intensa, ruidosa manifestação de emoção e índole caprichosa. Mas vai alem. Os sudacas se expressam emocionalmente. Enquanto muitos brasileiros ainda pensam que sentimentos são coisas de veado. Aqui do beijinho no rosto costumeiro dos rapazes, as grandes demonstrações passionais, ao entendimento publico de que homens e mulheres são seres emotivos sem qualquer efeito sobre a masculinidade de ninguém, as relações costumam sim às vezes ter a densidade emocional de um tango.

Encontrei ate uma matéria no jornal Perfil em que uma psicóloga dizia “con una falla en la estructuración de su masculinidad”. Continuava o jornal: Y agrega que este factor se produce por su “conflictiva familiar”. “El histérico es emocionalmente inmaduro, dramatiza todo el tiempo, tiene una actitud histriónica, atrapa al otro dentro de su trama, siempre que el otro se enganche”. Meninas é a descrição perfeita do histérico argentino. Sem tirar nem por.

 “ El hombre histérico goza seduciendo a las mujeres, pero cuando hay riesgo de compromiso se borra. Al principio es un hombre fogoso, pero con el tiempo se apaga, se reprime y huye del compromiso. Esto también daña la autoestima femenina”, explica en la psicoanalista Mónica Cruppi, miembro de la Asociación Psicoanalítica Argentina

 Mas, principalmente desavisadas brasileiras, enquanto as mulheres se entusiasmam com as demonstrações gratuitas de amor eterno, devem ficar atentas porque esta oscilação emocional, com grandes rompantes passionais pode ser seguida de períodos inexplicáveis de frieza, distancia ou ate mesmo desistência. Por aqui, é normal a relação que se resuma a mera emoção da caça, sendo o premio em si secundário. Isso é o que portenhos chamam de histérico. Relações que às vezes ate decolam, mas este avião tende voltar a seu destino de origem.

 Muitas mulheres também ganham o titulo de histéricas. Basta ler a cartunista argentina Maitena, e suas Mulheres Alteradas, para se dar conta que o descompasso e desequilíbrio emocional não é privilegio masculino. Mas o ponto é existem amargas lições de histerismo por aqui. E, valendo-me de uma expressão que, necessariamente, não faz boa literatura deixo o conselho para meninas desavisadas: Nem tudo que reluz é ouro.

 E para não criar polemica e ser justa deixo aqui também o que virou uma das minhas diversões preferidas no youtube. A versão feminina dos histéricos.

Malena Pichot, La Loca de Mierda, histeria em ambos os sexos

La Loca de Mierda começou como uma descomprometida investida no youtube por Malena Pichot, uma comediante para la de bacana que capta as inseguranças, loucuras e mazelas das mulheres argentinas como poucas outras. Fez taanto sucesso na web que virou esquete na MTV. Deixo a dica para quem entende um pouco de argentines. Quem, morando por aqui, ja nao passou por un Loco de Mierda…

Nota de Rodapé: Esta bloggeira acredita no amor sudaca do norte, do sul, do leste, oeste e do Centro Oeste.E, apesar de tudo, adora um Loco de Mierda, esporte radical!

Phuket: sudeste asiático sem modismos

9 abr

 

Sudeste Asiatico sem frescuras

Depois de ser literalmente assaltada por um restaurante da moda e com o orçamento visivelmente reduzido pela inflação argentina, vinha me mantendo longe dos restaurantes bacanas de comida do sudeste asiático que abundam nas distintas ruas de Palermo. A vida da classe media portenha, às vezes, confesso, deixa de me interessar e , tenho preguiça do bel far niente das noites de Palermo onde os casais e famílias quase que britânicas passeiam seus salários como se estivessem na Europa e não nesse comarca humilde do mundo. Mas, um amigo insistiu e eu resolvi fazer uma pequena extravagância no restaurante Tailandês pelo qual passei diversas vezes em minhas andanças pela região. O restaurante Phuket de origem familiar e proposta gastronômica honesta fica nas entranhas da Rua Honduras e não deve ter mais que a metragem de uma kitnete pequena.  Mas, é um grande lugar onde se pode comer bem, conversar languidamente com os donos, pedir uma sugestão para um vinho e terminar de pança pra cima antes de escorregar num taxi pra casa.   Depois de morar anos em Washington D.C, onde os restaurantes tailandeses são uma instituição e adquirir um gosto de sommelier para o arroz, confesso que sou super cética com as propostas de curry da capital. Mas este simpático cantinho entrou para historia, pelo menos para mim, como o melhor Tailandês da cidade, um rinconcito a luz de vela feito um rendez vous romântico e jantares com amigos.

Phuket, um curry para chamar de meu....

 

 A comida é fiel aos preceitos asiáticos e não é preciso empenhar a mãe para comer bem. O lugar é bem pequeno, são poucas mesas, recomendo efusivamente fazer reserva. Fica a dica:

Honesto, barato e delicioso...

 Está aberto de segundas a quintas a partir das 20hrs. Sextas e sábados para almoço e jantar. Não abre aos domingos.

Honduras 4169

Web:
http://www.phuketwok.com.ar
Mail:
phuketwok@yahoo.com.ar

Tel 4861 1679

Buenos Verdes

20 nov

O Jardim Botanico, tarde de ontem

Não sou exatamente um ser da selva de pedra. Em retrospectiva, sou mais um bicho do mato que uma cria da cidade. Quando cheguei a Buenos Aires, para começar a armar minha nova vida aqui, sofri um mínimo ataque de pânico quando vi a Plaza Itália. Nervosa como uma aranha viária, a praça, centro de Palermo, era para mim a representação visual mais palpável do que é uma cidade de 15 milhões de habitantes. Ônibus, hordas de pessoas , escapamentos, ruídos diversos, pistas difíceis de cruzar, mendigos, fizeram com que eu visse ai um lugar meio assombroso, mundo cão, dog eat dog. É engraçado como ao largo do tempo podemos adquirir visões completamente distintas das mesmas coisas. As cidades, conforme as vamos penetrando, vão se transformando com transcorrer do tempo; a Buenos Aires que via quando vim pela primeira no fim dos noventas me parece uma lembrança sonolenta de outra era, como um poema de Borges. A metrópole que encontrei quando cheguei com minha malinha de sonhos no começo do ano também já é distinta da cidade que hoje  chamo de casa com tanta propriedade. E assim vou trocando a roupa de Buenos Aires até o fim de minha estadia. Idolatrando o que me parece mágico, deixando cair na rotina o que já conheço.

Um dos exemplos mais dramáticos disso para mim virou a Plaza Itália.

O Jardim tem 31 obras de arte

 Como hoje moro a apenas três quadras dela, ela deixou o ar sinistro e ameaçador que tinha para mim tornando-se a porta de entrada para minha Buenos Aires verde. Ironias a parte, mostrando que a vida é mesmo uma questão de ponto de vista e ângulo, é por ela que passo quando preciso de ar. O lugar que antes para mim era o arquétipo da metrópole hoje é meu pulmão Cosmopolita. O tédio que é estudar todos os dias por largos períodos de tempo venho superando com a mudança de cenários. Assim, vou constantemente buscando novos lugares para levar para tomar sol meus enormes e enfadonhos textos.  Quando não agüento ver os dias lindos de primavera das janelas dos Cafés, arrasto minha mochilinha e minha resma de textos a basicamente dois Lugares: o Jardim Botânico e os Bosques de Palermo.

Acessivel a todos

Meu roteiro verde começa no Jardim Botânico, entrando pela Avenida Santa Fé.  Com uma sede principal, um herbário, uma biblioteca, 5 invernáculos e 31 obras de arte, o Jardim Botânico de Buenos Aires é uma viagem no tempo. Não fosse o barulho dos ônibus que circulam pelas ocupadas vias ao redor do lugar, seria possível sentir-se em uma dessas novelas de época da Jane Austen. A Argentina tem, sejamos sinceros, certa vocação aristocrática. Fosse por decisão daqueles que possuem as rédeas do país, a Argentina se mudaria para a vizinhança da França. Diferente do Brasil, ainda que conservemos cidades históricas, este país ainda cultiva em sua vida cotidiana certo desejo europeu. Está na arquitetura, na literatura nos esportes e até em certos hábitos argentinos. Embora isso se reverta às vezes em certa arrogância, mesmo que eu ache que argentinos são muito menos soberbos do que me pintaram, o melhor da Europa aqui é aproveitar as estruturas que esta onda européia deixou. O Jardim Botânico é um desses casos. É algo sublime aproveitar uma tarde durante a semana para ler aí acompanhada apenas de alguns das centenas de gatos que habitam o local.

O Jardim e seus habitantes

Reza a lenda que os gatos são deixados em memórias dos mortos, mas sinceramente são sei se isso é mito urbano ou não. Não gosto muito de pensar nisso quando estou sozinha ai. A controvérsia dos gatos não acaba por ai: blogs acusam o governo de haver exterminado 1.500 gatos a pauladas, o jornal La Nación chega a pedir uma solução para o problema e lançam-se campanhas na internet para a adoção dos bichanos. Enquanto o dilema dos gatos sinistrinhos do Jardín Botánico de Buenos Aires não se resolve eu continuo freqüentando o lugar desacompanhada de comida, pois outra lenda do lugar é que os gatos atacam frente à presença de comida. Verdades e mitos a parte, o lugar é um pequeno Oasis urbano.

Bosques de Palermo, meu segundo lar

 Seguindo a Av. Sarmiento, onde mais de 45 mil pessoas, cantaram “Força Estranha” junto a Caetano Veloso por ocasião da Feira do Livro, em um dos momentos mais arrepiantes que já vi por aqui, passando pela cerca viva do zoológico onde com sorte é possível ver flamingos banhando-se ao sol se chega aos Bosques de Palermo, um retalho verde na enorme colcha de concreto que se entende a beira do Rio Prata. Isso é Buenos Aires, com suas rua fechando-se sobre a pista e dando as costas á água. Embora, às vezes fique tão cansada da caminhada até os Bosques que o único que faça é me jogar como um saco de batatas sobre a grama na beira do lago, há muito para ver. Estive nos últimos dias no Rosedal, um frondoso jardim de rosas multicoloridas, e estão todas abertas dando ares vitorianos a

Fim de tarde nos Bosques, meu jardim secreto...

 Palermo. Por cerca de R$ 8 reais é possível alugar uma bicicleta ou patins e percorrer boa parte do parque e da Avenida Libertador. Se seu negócio é sombra e água fresca aqui também é seu lugar. Nos fins de semana fica cheio de famílias que terminam o passeio em choripan (literalmene pao com linguiça) , ainda sim é possível achar um cantinho de paz entre os patos ou ir andando até o planetário que nas noites de lua dispõe de lunetas para a observação da lua. Bienvenidos a mi Buenos Aires verde.

Viva Zapata –  Meus amigos da embaixada mexicana me alertaram e eu prometi deixar aqui o convite. Amanha é dia de Bosque. De meio dia até as oito da noite a Embaixada do México e governo argentino promovem um festival mexicano comemorando o Bicentenário da Independência e cem anos da revolução mexicana com direito a música ( meus queridinhos Los Paquitos tocam!) , comidinhas e arte. Com as altas temperaturas que já chegaram é a minha dica cultural para o sábado de fim de semana largo na capital. Deixo o convite aqui, as atividades comecam as 12h no Rosedal.

Argentina: el shock

27 out

Deixo aqui o link para a versão em Espanhol da nota que escrevi sobre a morte do ex-presidente Néstor Kirchner. Foi publicada há pouco minutos no site Traducir Argentina, espaço do qual sou staff e contribuo periodicamente com artigos. Para ler a nota em espanhol na íntegra clique AQUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Você já foi assaltado por um vietnamita?

22 set

Voce ja foi assaltado por um vietnamita?

Você já foi assaltado for um vietnamita? Eu já. Burguesia besta é assaltada em qualquer lugar, Buenos Aires não é exceção . Para provar que ressaca de Fernet, fome, desorientação e Palermo Hollywood não se misturam, meu cartão de crédito terá que amargar mês que vem três dígitos por uma comida que não enchia barriga nem de modelo anoréxica. Foi assim que eu e mais alguns amigos, dia seguinte a festinha de inauguração de minha nova casa em Palermo resolvemos, famintos, e com o cérebro seriamente afetado pelo álcool da noite anterior, comer algo diferente ao norte da Juan B. Justo no restaurante da moda Vietnamita: o Green Bamboo (Costa Rica, 5802). B-i-g-m-i-s-t-a-k-e! Mais de 150 pesos per capita por uma comidinha metida à besta, cinco pedaços (contados!) de peixe ao molho de três amendoins, literalmente e aquele ar inexplicável de “Como assim voce não acha normal pagar 80 pesos por um prato com três pedaços indecifráveis de qualquer coisa da gastronomia moderna?”.

 

Muro de Berlim, tipo a Johnny Be Good

Explico: a Avenida Juan B Justo, carinhosamente apelidada de Johnny Be Good Avenue, é uma espécie de Muro de Berlin em Buenos Aires, separa a classe média de Palermo da classe média alta  meio besta e com ares blasé de Palermo Hollywood.  É uma avenida com poucas passagens para pedestres, instransponível em vários pontos, com trilhos e trens inóspitos, muros pixados e warehouses aparentemente abandonadas. Tudo nela parece dizer não ultrapasse. Para mim ela só serve para que taxistas lhes dêem enormes explicações sobre as voltas que tem que dar para atravessar a avenida e para manter gente desmotorizada fora do cool barrio Holiúdiano. É fácil ver se você terá ou não que cruzar a faixa de Gaza. Se o endereço de onde você quer ir é numa rua de nome de país da América Central tipo Honduras, Guatemala, Costa Rica e está acima da altura de 5 mil mais ou menos você terá que cruzar a J. B Justo. A verdade é que eu vivo por aí. Gosto dos restaurantes, das enormes árvores que abraçam ruas cheias de belíssimos prédios e casarões. E adoro sua crowd descolada dos domingos. Mas é preciso fingir ser Imelda Marcos ou a mulher de um ditador africano para existir em Palermo Holiúde!

Green Bamboo: Bonitinho porém ordinário

E este mês eu andei me comportando como a rainha da Jordânia, gastando como se tivesse um marido magnata do petróleo.

Como eu gosto de comer e beber com gente fina, elegante e sincera, mas meu orçamento não me permite muitos luxos entrei no mundo dos maravilhosos Menús do Meio dia. Portenhos curtem mesmo o jantar, sentam tarde, dez da noite e destroçam a dentadas filés de brontossauro, pedaços enormes de boi que parecem terem saído de um episódio dos Flintstones. Eu não sou evolutivamente equipada com o moedor de carne que argentinos já nasceram portando. Se janto como eles,  passo a noite sonhando com Zombies e monstros mitológicos. Meu negócio sempre foi sair com amigos e comer languidos almoços com direito a entrada, prato principal, sobremesa, cafezinho e livraria. E, para minha felicidade, muitos restaurantes da cidade estão querendo atrair pessoas como eu. São almocinhos agradáveis com bebida, entrada, prato principal e sobremesa inclusa pela baguatela de 20 e pouquisimos reais.

Até agora minha opção preferida é o Sudestada (Guatemala , 5602), que para comer bem pela noite com vinho você não desembolsará menos de 150 pesos, ou 75 reais. Mas com o Menú do meio dia, 20 reais te farão super feliz com entrada, vinho, prato caprichado, sobremesa e café. Fica a dica para dias sonolentos como hoje, quando o inverno ainda não descobriu que é primavera: ache um bom restaurante, uma boa barganha, uma boa janela e um bom menu. O Guia óleo tem uma boa lista de restaurantes que oferecem  “menus ejecutivos”. Vale a pena comprar o guia, é minha bíblia. O Meu eu comprei na Cualquer Verdura, esta loja incrível, que eu adoro levar os amigos, em San Telmo.

Valparaíso: Las Casas Del Capitán – La Sebastiana

4 set

“Siento el cansancio de Santiago. Quiero hallar en Valparaíso una casita para vivir y escribir tranquilo. Tiene que poseer algunas condiciones. No puede estar ni muy arriba ni muy abajo. Debe ser solitaria, pero no en exceso. Vecinos, ojala invisibles. No deben verse ni escucharse. Original, pero no incómoda. Muy alada, pero firme. Ni muy grande ni muy chica. Lejos de todo pero cerca de la movilización. Independiente, pero con comercio cerca. Además tiene que ser muy barata. ¿Crees que podré encontrar una casa así en Valparaíso?”

Valparaiso: Sensaciones Unicas

Valparaiso é uma cidade obcecada com o transporte . Não é apenas seu porto, boca aberta para o pacifico, que quer contribuir para o fluxo interminável de coisas e pessoas. Existem milhões de maneiras de transitar por Valparaíso, uma cidade portuária acomodada como uma meia lua sobre as encostas que dão ao mar a 100km de Santiago. Pode-se tomar o trolley, o ônibus, taxis individuais e compartidos, elevadores antigos que sobem os cerros, bicicletas, motos, barcos, etc. Em Valparaíso as pessoas movem-se horizontalmente, verticalmente, para todos os lados e em todas direções.

 Uma cidade tão singular que fascinou o cineasta Chris Marker, figura intrigante do cinema Frances que não concede entrevistas, não se deixa fotografar consentindo sempre um gato no lugar de sua imagem.

Chris Marker também ficou fascinado

E os gatos estão por todos os lados em Valparaíso. Chilenos têm uma curiosa relação com os animais. Cachorros e gatos estão por todos os lados. Sejam preguiçosas matilhas passeando pelas ruas de Santiago, sejam gatos que como velhas carpideiras te espiam por altíssimas janelas. No Chile, os animais são transeuntes que se aderem ao dia a dia da cidade sem serem incomodados. Talvez isso tenha fascinado Chris Marker. Talvez o singularismo da cidade portuária com seus trabalhadores do mar, suas ruas abarrotadas de barracas exibindo entranhas de peixes, seus marujos saltando das esquinas, ruas coloridas, ladeiras espreguiçando-se sobre o mar, casas vitorianas ejetando-se dos cerros ou mesmo o mistério que inexoravelmente vive nas ruelas o tenha fascinado.

Valparaíso é mar e poesia

 
 

Casa de Artilleria, um lugar mágico

Nas esquinas do meu quarto em uma belíssima casa no Cerro da Artillleria o papel de parede está curiosamente amassado deixando  bolsas de ar entre ele e a parede . Eu fiquei intrigada pelo o que parece um trabalho porco de papel de parede em um ambiente tão prolixo cujos detalhes parecem tão bem pensados. Demorei alguns dias até me dar conta que por causa do terremoto de fevereiro as esquinas da casa se despregaram. E o turismo anda devagar, me explica Alejandro, o uruguaio que junto a sua esposa chilena, Trini, levam sem nenhuma ajuda este ‘hermoso” bed and breakfast no qual dos hospedamos. A Casa de Artilleria é um dos highlights da nossa viagem. A primeira compra da casa data 1906, mas ninguém sabe ao certo quando foi construída. Um casarão que se debruça sobre o Cerro Artillaria e vê passar de minutos e minutos o ascensor que leva e traz chilenos e turistas para o alto do cerro, de onde se pode ver uma pequena pintura cubista mordiscando o pacifico: milhares de containers coloridos a espera de embarque no porto servem de casa para gaivotas interesseiras.

É possível ver leoes marinhos aposentados...

Foi esta vista que fez com que nossa ida a Santiago para uns dias extras na capital fosse adiada e finalmente deletada de nosso roteiro.

E foi meu avistamento de leões marinhos no porto depois de uma volta pela Playa Ancha que lavrou meu amor pela cidade.  Um adendo: chorei como criança ao ver primeiro um velho leão marinho brincar com metade de um peixe na boca em uma cena que, não fosse meu romantismo patológico, seria desagradável. Os leões marinhos hoje não são nem a sombra da colônia que foram. Hoje, os “lobos marinos” avistados no porto são animais aposentados, expulsos da manada por não poder acompanhar o grupo ou com algum problema ou anomalia que os distancia de seus parentes saudáveis. Não importa. Mesmo os “outcasts” e rejeitadinhos dessa espécie são um espetáculo.

 
 

Minha sombra, flores e o ascensor de Artilleria, é tudo tao poético...

Não fossem os enlaces práticos da vida adulta jamais desceríamos dos Cerros. De cima, Valparaíso é uma cidade misteriosa, sinuosa, com ares de perigo e bucolismo, uma contradição que perfaz um caminho cheio de mansões assombradas ou não que sobe a Avenida Gran Bretanha até encontrar as modernas instalações da Universidade e culminar numa dramática praia de pedras negras. E os ascensores são um capitulo a parte. Não me cansava de subir e descer nessas caixinhas de madeira que pareciam tombar sobre os trilhos e faziam estranhos ruídos assustando os turistas.

Valparaíso é nostalgia

É realmente fascinante o fato de que ainda estão em circulação, principalmente depois de saber que, segundo Alejandro, a manutenção é raramente feita e que ele mesmo nunca viu um engenheiro inspecionar estes elevadores que chegam a datar 1880 como ano de nascimento.  

Valparaíso de cerros coloridos

Mas, devo admitir, foi no nível do mar que conhecemos as melhores opções para comer e beber na cidade. Uma visita a cidade não estaria completa

"Eu sei que nao é o que o médico recomendou", mas comer Chorrillana no JJ Cruz é um must!

 sem a melhor chorrillana da cidade. Explico: para mim chilenos estão fascinados com comida de barzinho. É a única explicação. Se não como entender as enorme porções de batatas fritas cujo topo é uma outra montanha de filé a palito cuidadosamente cobertas por uma outra camada de cebola e ovo ( isso quando lingüiça não é adicionada a equação) . Eu sei que não o que o doutor recomendou. Mas, é o que é. E nenhuma visita esta completa sem uma passadinha no beco do J.J Cruz para comer a única iguaria do lugar: vejam só: Chorillanas. E o lugar é uma curiosa caverna cujas bovedas estão cobertas de fotos 3×4 e escritos, fica num bequinho sem saída e absolutamente todo mundo na cidade sabe onde é.

 
 

La Playa: cinematográfico e fantasmagórico

“-Play it san, play as times goes by”. Bem que poderia ser acontecer não em Casablanca , mas no barzinho La Playa. Encontramos este lugar fugindo da chuva. Os ares eram um pouco portenhos e me deu algo de banzo. Meia luz, tango, bonecas assustadoras e um barman com cara de old Hollywood fazem desse lugar um must em Valparaíso. Construído como um barco com direito a convés e bóias, o bar La Playa tem suas paredes cobertas com posters de velhos filmes como The Shinning e um ar meio fantasmagórico e cinematográfico, o que se provou verdadeiro quando nos deram um postal do lugar no qual figura inadvertidamente o rosto do fantasma de uma menina entre as garrafas do bar. O barman nos jura que não é montagem, discutimos a tarde toda sobre isso. Meu veredito é cético. Mas, existe mesmo algo de outro mundo em este lugar. Lamparinas art noveau, cinzeiros de ferro, espelhos manchados de maresia dão ao La Playa um ar Hitchcockiano. Passamos a tarde aí esperando a entrada de Normam Bates.

La Sebastiana, Neruda também se apaixonou por Valparaíso

Neruda não ficou imune ao estranho fascínio que exerce Valparaíso. E em 1961, encontrou uma nova morada no Cerro Florida que batizou de La Sebastiana, em homenagem a seu arquiteto espanhol Sebastián Collado. É talvez a menos dramática das casas do poeta. Não tem o peso emocional de La Chascona, nem a dramaticidade e contraste de Isla Negra, mas é linda com suas janelas espiando o pacifico de cima de um dos mais lindos cerros da cidade. Uma casa feita para entreter convidados, com um humor plausível, La Sebastiana é mais uma testemunha de concreto da imensa personalidade de Neruda. Sua paixão pelos objetos, pelo mar e pela vida. Piratas, pratos, estátuas, murais mais uma vez dão testemunho de Neruda; o arquiteto, o colecionador, o homem apaixonado pelas coisas desse mundo. Não podemos banalizar-la, foi em La Sebastiana escreveu suas mais importantes obras, aquelas que o levariam ao Premio Nobel. “Yo construí la casa. La hice primero de aire. Luego subí en el aire la bandera y la dejé colgada del firmamento, de la estrella, de la claridad y la oscuridad.” Pablo Neruda – fragmento “A La Sebastiana”.

La casa crece y habla,se sostiene en sus pies,

tiene ropa colgada en un andamio,

y como por el mar la primavera

nadando como náyade marina

besa la arena de Valparaíso,

ya no pensemos más: ésta es la casa:

ya todo lo que falta será azul,

lo que ya necesita es florecer.

Y eso es trabajo de la primavera.

 

Serviço:

O blog se chama conexão Buenos Aires, mas essa é uma das melhores dicas que eu vou dar aqui e fica a milhares de kms da Capital Argentina. Casa de Artillería é esse bed and breakfast que mudou nossa estadia em Valparaíso. O quarto, a casa, a localização, a simpatia de Trini e Ale, a vista do porto, os lençóis da cama, tudo vem de um lugar de amor. O preço é mais que justo, cerca de US$ 70 por quarto de casal com vista para o mar. Conforto sem luxo, mas uma vista e uns ares inesquecíveis. Eu penso em voltar porque nada te faz querer deixar este lugar. Embora, se qualifique como albergue não tem nada a ver com o clima de farra e pouco conforto dos Hosteles. É um lugar silencioso, tranqüilo, romântico daqueles que servem de ponto de partida para languidas caminhadas e largos períodos de contemplação da vista.

http://www.artilleria199.cl/

Artilleria 199, Cerro Artilleria, Valparaíso.